
O colégio é o Congregação de Santa Doroteia do Brasil, frequentado por filhos de classe média alta.
Os pais da garota de 15 anos recorreram à Justiça porque, segundo eles, o colégio não conseguiu conter as “inconveniências” do adolescente. Além de colocar apelidos na colega, o estudante a chamava de "tábua sem peito e sem bunda", de "interesseira" por namorar o menino mais rico da escola, de "prostituta" e de "lésbica". Ele teria tentado cortar o cabelo dela.
Os pais da menina também pleitearam que a escola desse orientação pedagógica ao adolescente, ou seja, aulas de educação as quais supostamente ele não teve em casa. Mas esse pedido foi negado pelo juiz.
Para Rogério Vieira Santiago, advogado dos pais do garoto, a sentença é “absurda” porque se trata de brincadeira entre colegas de escola.
Além disso, argumentou, cabe ao colégio impor disciplina aos estudantes durante o horário escolar.
"Os pais não ficam agarrados com os filhos o dia inteiro. Você entrega à escola. Ela é que tem o dever de zelar pela integridade física e moral dos meninos intramuros".
Maria Cristina Rosa, diretora do colégio, disse que fez o possível para acabar com o constrangimento, incluindo a transferência do estudante de sala, mas não explicou porque não o expulsou. A escola foi condenada a pagar 70% dos honorários advocatícios e parte dos custos processuais (40%).
Os pais do estudante vão recorrer da sentença porque, segundo eles, o seu filho ficou abalado psicologicamente ao ser chamado de réu.
No entendimento do juiz, o jovem, embora esteja em formação moral, já deveria saber que certos limites não devem ser ultrapassados e que nesse sentido não recebeu orientação de seus pais.
Com informação do TJ-MG.
> Pais dão apoio a filhos em ofensas no Orkut a professor. (setembro de 2008)
> Violência na escola. > Difamação e bullying pela internet.
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