Na madrugada deste sábado (27), por volta de 0h30, o juiz Maurício Fossen anunciou a condenação de Alexandre Nardoni (foto), 31, e Anna Carolina Jatobá (foto), 26, pela morte da menina Isabella, 5, na noite de 29 de março de 2008.
Os dois foram considerados responsáveis por asfixiar e jogar pela janela do sexto andar do edifício London a menina. Nardoni, o pai da menina, foi condenado a 31 anos, 1 mês e 10 dias em regime fechado. Jatobá, a madrasta, a 26 anos e 8 meses, no mesmo regime.
Cerca de 300 pessoas que estavam do lado de fora do forum de Santana, em São Paulo, comemoraram a condenação. Houve fogos de artifícios.
Os réus choraram ao ouvir a sentença. Menos de meia depois, os dois foram transportados para a Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. Os veículos em que estavam foram cercados pelas pessoas e a polícia teve de dispersá-las com gás de pimenta.
Eles poderão recorrer da condenação, mas não em liberdade. O juiz determinou que eles continuem presos.
A condenação foi por crime triplamente qualificado: mataram com crueldade, não deixaram a Isabella chance de defesa e a vítima tinha menos de 14 anos de idade.
Alexandre pegou uma pena maior pelo agravante de ser pai da menina.
Cerca de uma hora depois de o juiz anunciar a sentença, Ana Carolina Oliveira, a mãe de Isabella, apareceu na frente de seu prédio na Vila Maria, zona norte de São Paulo, e acenou para as pessoas. Ela chorava.
Em entrevista, o promotor Francisco Cembranelli disse que as provas incriminam os réus. Elogiou o trabalho da polícia. Disse que a pena estabelecida pelo juiz foi adequada.
Ele disse que Fossen interrompeu a votação dos jurados quando a contagem dos 7 jurados tinha chegado a quatro votos. favoráveis à condenação. Não possível, portanto, saber se a condenação seria por unanimidade.
O advogado Roberto Podval, da defesa, mandou dizer aos jornalistas que não ia dar entrevista porque o “brilho da noite era do promotor Cembranelli.”
[Com informação da Globo News.]
MÃE DE ISABELLA - atualização em 27/3/2010
Ana Carolina Oliveira, a mãe de Isabella, disse que, agora, vai recomeçar a sua vida. "A partir de segunda-feira, vou andar diferente", disse neste sábado ao programa Hoje em Dia, da Rede Record. "Minha vida terá uma nova fase."
COMO FOI O JULGAMENTO
Quinto dia - 26 de março de 2010, sexta
- A tréplica do advogado Roberto Podval começou às 20h55 e terminou às 21h, bem antes, portanto, das duas horas que lhe cabiam. Ele pediu ao júri que inocentasse os réus "por absolvição ausência de provas". "Vocês (jurados) condenarão sem prova?".
- Na réplica, o promotor Cembranelli pediu ao júri popular que condenasse Alexandre Nardoni e Anna Jatobá porque a perícia provou que eles estavam no apartamento na "noite trágica". Acusou os réus de serem mentirosos. Destacou que nenhum deles prestou socorro a Isabella, apenas a Ana Oliveira, a mãe, ao chegar ao jardim onde o corpo da menina estava estirado. Ele usou as duas horas as quais tinha direito.
- Aparentando cansaço e falando baixo, o advogado Roberto Podval afirmou que as provas não incriminam o casal Nardoni. Ele disse a que linha do tempo apresentada pelo promotor Francisco Cembranelli não tem cabimento porque não é possível estimar o tempo do que teria acontecido com o casal no instante da morte da menina. Criticou o promotor por tratar Anna Jatobá como uma louca. "O que fizeram com ela foi maldade." Ao final, cerca de 15 minutos antes de esgotar o sem tempo, citou o médium Chico Xavier: "Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas pode fazer um novo final".
- Anna Carolina Jatobá, a madrasta, teve de ser atendido pelos médicos do fórum porque passou mal: teve queda de pressão. Ela não retornou à sessão do júri.
- Nesta sexta, depois dos debates entre a defesa e a acusação, sai a sentença do casal Nardoni. O primeiro a falar foi o procurador Francisco Cembranelli, pela acusação. Por 2h50, até o início da tarde, ele apresentou uma detalhada linha do tempo do dia da morte de Isabella para provar que o casal Nardoni estava no apartamento no instante em que a menina foi jogada pela janela. À tarde, será vez de Roberto Podval, advogado da defesa, falar aos jurados. Poderá haver réplica e tréplica. A sentença deverá ser anunciada na madrugada de sábado.
Quarto dia - 25 de março de 2010, quinta
- Por volta das 21h, o advogado Roberto Podval deu entrevista sob protesto de populares que gritavam: "Assassino!". Ele disse que o casal Nardoni concordou com a liberação de Ana Oliveira de confinamento antes do depoimento deles, pela manhã. Mas o juiz já tinha comunicado a Podval que a mãe de Isabella tinha sido liberada por ordem médica por estar à beira de uma crise de nervos. No primeiro dia do julgamento, Podval pediu que a Ana ficasse à disposição no fórum para o caso de uma acareação, se necessário. Na entrevista ela disse ter esperança de que o casal seja inocentado, mas reconheceu que se trata de uma causa quase perdida.
- O depoimento de Anna Carolina Jatobá começou às 18h25. Chorou em vários momento. Depois, se controlou. Ela negou ser autoria do crime. Disse que Ana Oliveira infernizava por e-mail e msn a vida de Alexandre. Mas também disse que, em seu primeiro depoimento à polícia, "aumentou" e "inventou" sobre as brigas que tinha com o marido. Confirmou a versão do marido de que um delegado lhe propôs que assumisse a culpa. Disse que nunca foi violenta. Como Alexandre, ela respondeu a várias perguntas da acusação com um "não me lembro". Também reclamou do tratamento recebido pelos policiais. Falou que, após a polícia ter feito uma perícia em seu apartamento, sumiu um laptop da família. Revelou que os seus filhos tiveram de mudar de sobrenome (Nardoni) para não ser discriminados na escola. Seu depoimento contradisse o de Alexandre, em alguns pontos. Ela disse, por exemplo, que Alexandre, quando a menina caiu do sétimo andar, pôs da cabeça para a fora da janela, quando viu a menina no chão. Em seu depoimento, Alexandre disse que não enfiou a cabeça para fora porque estavam com o filho no colo. O interrogatório terminou às 20h45.
- O primeiro a depor foi Alexandre Nardoni. Ele se emocionou ao falar da convivência com a filha no dia em que ela morreu. Negou o crime e chorou mais de uma vez. Falou que a morte que, com a morte da Isabella, foi a pior coisa que aconteceu na vida dele. Chamou-a algumas vezes de "princesinha". Acusou de delegado Calixto Calil Filho de lhe ter feito uma proposta para que assumisse sozinho o homicídio culposo (sem intenção de matar) em troca de livrar a mulher Anna Jatobá. Reclamou de policiais que o chamaram de "assassino e vagabundo". Falou que Rosa Oliveira, a avó materna de Isabella, não queria que a filha levasse a gravidez adiante. Quando viu a animação feita pela perícia sobre a versão da polícia para a morte da menina, ele disse: "Filminho totalmente mentiroso".
Terceiro dia - 24 de março de 2010, quarta
- No balanço do dia, destaca-se a decisão do juiz Maurício Fossen de permitir a acareação entre Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, e Alexandre Nardoni e Anna Jatobá. Foi um recuo, porque o juiz já tinha decidido não permitir a acareação. O advogado da defesa disse que só solicitará a acareação se achar necessário.
- O escrivão de polícia Jair Stirbulov começou a depor às 18h.
- Às 17h, começou o depoimento do jornalista Rogério Pagnan. Ele escreveu reportagem para a Folha de S.Paulo reproduzindo declarações do pedreiro Gabriel Santos segundo as quais tinha visto um homem arrombando uma obra vizinha ao edifício do casal Nardoni na noite da morte de Isabella. Posteriormente, o pedreiro negou que tivesse feito a afirmação.
- Roberto Podval, advogado da defesa, dispensou cinco testemunhas por entender que o cansaço dos integrantes dos júri em um longo julgamento poderá prejudicar os réus. Entre os dispensados está o pedreiro Gabriel Santos, que de início era considerada pela defesa uma importante testemunha. O advogado manteve Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, confinada porque vai acareá-la com o casal Nardoni.
- Às 10h25, começou o depoimento da perita Rosângela Monteiro, convocada como testemunha tanto da acusação como da defesa. Ela disse que exame de DNA mostrou que o sangue encontrado no edifício onde o casal Nardoni morava era de Isabella. A menina, segundo ela, já encontrou no apartamento sangrando. Seu depoimento terminou às 16h50.
Segundo dia - 23 de março de 2010, terça
- O depoimento do perito baiano Luiz Carvalho Dórea começou por volta das 19h e durou cerca de 40 minutos. Ele foi convocado pela defesa.
- O juiz Maurício Fossen perguntou ao advogado da defesa -- Roberto Podval -- se ele concordaria em dispensar a testemunha Ana Carolina de Oliveira, mãe de Isabella. Ele não concordou. Ana, assim, vai continuar incomunicável no fórum à disposição de Podval. Ela estaria deprimida.
- Depois do almoço, Às 15h45, começou o depoimento do médico-legista Sergio Tieppo Alves. Houve impacto quando ele mostrou fotos do corpo da Isabella. Rosa Oliveira, a avó materna, não aguentou e deixou a sessão. Seu depoimento durou cerca de três horas.
- Durante o depoimento da delegada Renata, Roberto Podval, delegado da defesa, chamou em determinado o momento Alexandre Nardoni e Anna Jatobá de "vítimas". O juíz Maurício Fossen o corrigiu: "A vítima está morta, doutor".
- A retomada do julgamento se deu às 10h15. O primeiro depoimento foi da delegada Renata Helena da Silva Pontes. Ela disse que indiciou o Alexandre Nardoni e Anna Jatobá porque tem "100% de certeza" de que foram eles que mataram a Isabella. O depoimento durou quatro horas.
Primeiro dia - 22 de março de 2010, segunda
- Por volta das 19h30, Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, começou a prestar seu depoimento. Ela é a principal testemunha da acusação. Chorou em pelo menos três vezes. A primeira foi quando falava que tinha encontrado Isabella no chão ainda com o coração batendo. Uma integrante do júri se emocionou e deixou escapar uma lágrima. A mãe de Isabella falou que Alexandre gostava da filha e que Jatobá tinha ciúmes da menina. O depoimento dela - o único do dia - terminou às 21h50. A defesa pediu que ela ficasse à disposição para um possível acareamento -- com quem, não se sabe. O juiz Maurício Fossen concordou.
- A defesa informa que desistiu de ouvir seis pessoas que tenha colocado em sua lista de testemunhas.
- Às 14h17, com atraso, começou a escolha dos integrantes do júri popular entre 28 jurados. Depois de a defesa ter recusado duas pessoas e a acusação, uma, o júri ficou composto por quatro mulheres e três homens.
- Um pouco antes das 13h, Alexandre Nardoni e sua filha Cristiane cheguaram ao forum sob vaias.
- Às 12h40, chega ao fórum o pedreiro Gabriel dos Santos Neto, testemunha da defesa. Até ontem, ele não tinha sido localizado e havia dúvidas sobre o seu comparecimento ao fórum. Na época da morte de Isabella, ele disse à imprensa ter visto um estranho saindo do prédio do casas Nardoni. Depois ele recuou.
- Por volta das 11h, chega ao forum Ana Carolina de Oliveira, a mãe de Isabella.
- O criminalista Roberto Podval, advogado de defesa, e Alexandre Nardoni, pai de Alexandre, foram ao edifício London, onde Isabella morreu.
- Nardoni e Anna Carolina Jatobá, cada um em um carro policial, saem de Tremembé (SP), onde estavam presos. Ao chegar em São Paulo, por volta das 8h30, foram cercados pelos jornalistas.
- Logo pela manhã, populares e jornalistas se aglomeram defronte ao fórum de Santana, em São Paulo
[Com informações das emissoras de tv.]
> Íntegra da condenação do casal Nardoni.
> Caso Isabella.
Cerca de 300 pessoas que estavam do lado de fora do forum de Santana, em São Paulo, comemoraram a condenação. Houve fogos de artifícios.
Os réus choraram ao ouvir a sentença. Menos de meia depois, os dois foram transportados para a Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. Os veículos em que estavam foram cercados pelas pessoas e a polícia teve de dispersá-las com gás de pimenta.
Eles poderão recorrer da condenação, mas não em liberdade. O juiz determinou que eles continuem presos.
A condenação foi por crime triplamente qualificado: mataram com crueldade, não deixaram a Isabella chance de defesa e a vítima tinha menos de 14 anos de idade.
Alexandre pegou uma pena maior pelo agravante de ser pai da menina.
Cerca de uma hora depois de o juiz anunciar a sentença, Ana Carolina Oliveira, a mãe de Isabella, apareceu na frente de seu prédio na Vila Maria, zona norte de São Paulo, e acenou para as pessoas. Ela chorava.
Em entrevista, o promotor Francisco Cembranelli disse que as provas incriminam os réus. Elogiou o trabalho da polícia. Disse que a pena estabelecida pelo juiz foi adequada.
Ele disse que Fossen interrompeu a votação dos jurados quando a contagem dos 7 jurados tinha chegado a quatro votos. favoráveis à condenação. Não possível, portanto, saber se a condenação seria por unanimidade.
O advogado Roberto Podval, da defesa, mandou dizer aos jornalistas que não ia dar entrevista porque o “brilho da noite era do promotor Cembranelli.”
[Com informação da Globo News.]
MÃE DE ISABELLA - atualização em 27/3/2010
Ana Carolina Oliveira, a mãe de Isabella, disse que, agora, vai recomeçar a sua vida. "A partir de segunda-feira, vou andar diferente", disse neste sábado ao programa Hoje em Dia, da Rede Record. "Minha vida terá uma nova fase."
COMO FOI O JULGAMENTO
Quinto dia - 26 de março de 2010, sexta
- A tréplica do advogado Roberto Podval começou às 20h55 e terminou às 21h, bem antes, portanto, das duas horas que lhe cabiam. Ele pediu ao júri que inocentasse os réus "por absolvição ausência de provas". "Vocês (jurados) condenarão sem prova?".
- Na réplica, o promotor Cembranelli pediu ao júri popular que condenasse Alexandre Nardoni e Anna Jatobá porque a perícia provou que eles estavam no apartamento na "noite trágica". Acusou os réus de serem mentirosos. Destacou que nenhum deles prestou socorro a Isabella, apenas a Ana Oliveira, a mãe, ao chegar ao jardim onde o corpo da menina estava estirado. Ele usou as duas horas as quais tinha direito.
- Aparentando cansaço e falando baixo, o advogado Roberto Podval afirmou que as provas não incriminam o casal Nardoni. Ele disse a que linha do tempo apresentada pelo promotor Francisco Cembranelli não tem cabimento porque não é possível estimar o tempo do que teria acontecido com o casal no instante da morte da menina. Criticou o promotor por tratar Anna Jatobá como uma louca. "O que fizeram com ela foi maldade." Ao final, cerca de 15 minutos antes de esgotar o sem tempo, citou o médium Chico Xavier: "Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas pode fazer um novo final".
- Anna Carolina Jatobá, a madrasta, teve de ser atendido pelos médicos do fórum porque passou mal: teve queda de pressão. Ela não retornou à sessão do júri.
- Nesta sexta, depois dos debates entre a defesa e a acusação, sai a sentença do casal Nardoni. O primeiro a falar foi o procurador Francisco Cembranelli, pela acusação. Por 2h50, até o início da tarde, ele apresentou uma detalhada linha do tempo do dia da morte de Isabella para provar que o casal Nardoni estava no apartamento no instante em que a menina foi jogada pela janela. À tarde, será vez de Roberto Podval, advogado da defesa, falar aos jurados. Poderá haver réplica e tréplica. A sentença deverá ser anunciada na madrugada de sábado.
Quarto dia - 25 de março de 2010, quinta
- Por volta das 21h, o advogado Roberto Podval deu entrevista sob protesto de populares que gritavam: "Assassino!". Ele disse que o casal Nardoni concordou com a liberação de Ana Oliveira de confinamento antes do depoimento deles, pela manhã. Mas o juiz já tinha comunicado a Podval que a mãe de Isabella tinha sido liberada por ordem médica por estar à beira de uma crise de nervos. No primeiro dia do julgamento, Podval pediu que a Ana ficasse à disposição no fórum para o caso de uma acareação, se necessário. Na entrevista ela disse ter esperança de que o casal seja inocentado, mas reconheceu que se trata de uma causa quase perdida.
- O depoimento de Anna Carolina Jatobá começou às 18h25. Chorou em vários momento. Depois, se controlou. Ela negou ser autoria do crime. Disse que Ana Oliveira infernizava por e-mail e msn a vida de Alexandre. Mas também disse que, em seu primeiro depoimento à polícia, "aumentou" e "inventou" sobre as brigas que tinha com o marido. Confirmou a versão do marido de que um delegado lhe propôs que assumisse a culpa. Disse que nunca foi violenta. Como Alexandre, ela respondeu a várias perguntas da acusação com um "não me lembro". Também reclamou do tratamento recebido pelos policiais. Falou que, após a polícia ter feito uma perícia em seu apartamento, sumiu um laptop da família. Revelou que os seus filhos tiveram de mudar de sobrenome (Nardoni) para não ser discriminados na escola. Seu depoimento contradisse o de Alexandre, em alguns pontos. Ela disse, por exemplo, que Alexandre, quando a menina caiu do sétimo andar, pôs da cabeça para a fora da janela, quando viu a menina no chão. Em seu depoimento, Alexandre disse que não enfiou a cabeça para fora porque estavam com o filho no colo. O interrogatório terminou às 20h45.
- O primeiro a depor foi Alexandre Nardoni. Ele se emocionou ao falar da convivência com a filha no dia em que ela morreu. Negou o crime e chorou mais de uma vez. Falou que a morte que, com a morte da Isabella, foi a pior coisa que aconteceu na vida dele. Chamou-a algumas vezes de "princesinha". Acusou de delegado Calixto Calil Filho de lhe ter feito uma proposta para que assumisse sozinho o homicídio culposo (sem intenção de matar) em troca de livrar a mulher Anna Jatobá. Reclamou de policiais que o chamaram de "assassino e vagabundo". Falou que Rosa Oliveira, a avó materna de Isabella, não queria que a filha levasse a gravidez adiante. Quando viu a animação feita pela perícia sobre a versão da polícia para a morte da menina, ele disse: "Filminho totalmente mentiroso".
Terceiro dia - 24 de março de 2010, quarta
- No balanço do dia, destaca-se a decisão do juiz Maurício Fossen de permitir a acareação entre Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, e Alexandre Nardoni e Anna Jatobá. Foi um recuo, porque o juiz já tinha decidido não permitir a acareação. O advogado da defesa disse que só solicitará a acareação se achar necessário.
- O escrivão de polícia Jair Stirbulov começou a depor às 18h.
- Às 17h, começou o depoimento do jornalista Rogério Pagnan. Ele escreveu reportagem para a Folha de S.Paulo reproduzindo declarações do pedreiro Gabriel Santos segundo as quais tinha visto um homem arrombando uma obra vizinha ao edifício do casal Nardoni na noite da morte de Isabella. Posteriormente, o pedreiro negou que tivesse feito a afirmação.
- Roberto Podval, advogado da defesa, dispensou cinco testemunhas por entender que o cansaço dos integrantes dos júri em um longo julgamento poderá prejudicar os réus. Entre os dispensados está o pedreiro Gabriel Santos, que de início era considerada pela defesa uma importante testemunha. O advogado manteve Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, confinada porque vai acareá-la com o casal Nardoni.
- Às 10h25, começou o depoimento da perita Rosângela Monteiro, convocada como testemunha tanto da acusação como da defesa. Ela disse que exame de DNA mostrou que o sangue encontrado no edifício onde o casal Nardoni morava era de Isabella. A menina, segundo ela, já encontrou no apartamento sangrando. Seu depoimento terminou às 16h50.
Segundo dia - 23 de março de 2010, terça
- O depoimento do perito baiano Luiz Carvalho Dórea começou por volta das 19h e durou cerca de 40 minutos. Ele foi convocado pela defesa.
- O juiz Maurício Fossen perguntou ao advogado da defesa -- Roberto Podval -- se ele concordaria em dispensar a testemunha Ana Carolina de Oliveira, mãe de Isabella. Ele não concordou. Ana, assim, vai continuar incomunicável no fórum à disposição de Podval. Ela estaria deprimida.
- Depois do almoço, Às 15h45, começou o depoimento do médico-legista Sergio Tieppo Alves. Houve impacto quando ele mostrou fotos do corpo da Isabella. Rosa Oliveira, a avó materna, não aguentou e deixou a sessão. Seu depoimento durou cerca de três horas.
- Durante o depoimento da delegada Renata, Roberto Podval, delegado da defesa, chamou em determinado o momento Alexandre Nardoni e Anna Jatobá de "vítimas". O juíz Maurício Fossen o corrigiu: "A vítima está morta, doutor".
- A retomada do julgamento se deu às 10h15. O primeiro depoimento foi da delegada Renata Helena da Silva Pontes. Ela disse que indiciou o Alexandre Nardoni e Anna Jatobá porque tem "100% de certeza" de que foram eles que mataram a Isabella. O depoimento durou quatro horas.
Primeiro dia - 22 de março de 2010, segunda
- Por volta das 19h30, Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, começou a prestar seu depoimento. Ela é a principal testemunha da acusação. Chorou em pelo menos três vezes. A primeira foi quando falava que tinha encontrado Isabella no chão ainda com o coração batendo. Uma integrante do júri se emocionou e deixou escapar uma lágrima. A mãe de Isabella falou que Alexandre gostava da filha e que Jatobá tinha ciúmes da menina. O depoimento dela - o único do dia - terminou às 21h50. A defesa pediu que ela ficasse à disposição para um possível acareamento -- com quem, não se sabe. O juiz Maurício Fossen concordou.
- A defesa informa que desistiu de ouvir seis pessoas que tenha colocado em sua lista de testemunhas.
- Às 14h17, com atraso, começou a escolha dos integrantes do júri popular entre 28 jurados. Depois de a defesa ter recusado duas pessoas e a acusação, uma, o júri ficou composto por quatro mulheres e três homens.
- Um pouco antes das 13h, Alexandre Nardoni e sua filha Cristiane cheguaram ao forum sob vaias.
- Às 12h40, chega ao fórum o pedreiro Gabriel dos Santos Neto, testemunha da defesa. Até ontem, ele não tinha sido localizado e havia dúvidas sobre o seu comparecimento ao fórum. Na época da morte de Isabella, ele disse à imprensa ter visto um estranho saindo do prédio do casas Nardoni. Depois ele recuou.
- Por volta das 11h, chega ao forum Ana Carolina de Oliveira, a mãe de Isabella.
- O criminalista Roberto Podval, advogado de defesa, e Alexandre Nardoni, pai de Alexandre, foram ao edifício London, onde Isabella morreu.
- Nardoni e Anna Carolina Jatobá, cada um em um carro policial, saem de Tremembé (SP), onde estavam presos. Ao chegar em São Paulo, por volta das 8h30, foram cercados pelos jornalistas.
- Logo pela manhã, populares e jornalistas se aglomeram defronte ao fórum de Santana, em São Paulo
[Com informações das emissoras de tv.]
> Íntegra da condenação do casal Nardoni.
> Caso Isabella.
Comentários
Afinal vagabundo filhinho de papai drogado mata e aculpa é do chá.Quem sabe não caiba esta desculpa para estes titicas também?
q DEUS abençoe vc Isabella
Falo assim porque ja fui sim acusado sem o menor motivo e sei como é revoltante sofrer pelas atitudes de loucos que se dizem sábios...
Mas ... acredito que "Deus" justo juiz de todas as coisas realmente está vendo tudo e sabe da real verdade, eu assumo não poder concluir se foram ou não eles, agora quem conlui, se estiverem errados, lembrem-se... ainda há um juizo muito pior que esse, inclusive a quem condenou os demais... pensem nisso...
Beijos
que estranhamente, não foram exploradas pela defesa:O pedreiro que viu um arrombamento na obra nos fundos do prédio, desapareceu,apareceu, mas.. não foi ouvido.O tenente da PM que foi o primeiro a aparecer na cena do crime, depois foi preso por pertencer a uma rede de pedofilia e ao ser conduzido, pediu para ir ao banheiro e suicidou-se.O laudo contratado pela defesa, não foi explorado, inclusive as lesões na vargina da menina.As imagens da Isabella, sorrindo dentro do carrinho do supermercado horas antes da tragédia e outras imagens que devem existir.O advogado aceitou quatro mulheres em um jurí envolvendo problemas familiares e assassinato de uma menina???Pelo amor de Deus doutor!Quanto aos agentes do Estado:delegados,peritos, promotor estes fazem o que querem,inocentando ou incriminando quem eles bem entendem ou a pedidos dos amigos, chefes ou políticos..
Além do povão que quer sangue e circo, compareceram os justiceiros de platão: a Glória Perez, cuja a filinha casada, mantinha uma aventura amoosa com o assassino. O japonês ex candidato a vereador,que fez do filho morto uma plataforma eleitoral.
Vamos esperar para ver se a mãe da Isabella não será candidata ou pousará para alguma revista.
Tenho dúvidas se foram os Nardoni. Mas tenho certeza que muitos ganharam com o espetáculo do julgamento: A mídia venal, o ex Juiz que montou um curso preparatório para concursos, os advogados que deixaram os seus escritórios para ficar de plantão aparecendo na TV e fazendo propaganda, o que é proibido pelo estauto da OAB.Além dos anônimos que ganharam 15 minutos de fama, estavam lá as famigeradas camisetas com foto da vítima... Este é o Brasil, piada no exterior.
Haaaaaaaaa! O filme no supermercado mostra uma menina apavorada com medo dos seus algozes ou prova uma convivencia normal??O aparato do Estado
age quando e como quer, vide os pastores traficantes de armas e a trajetória rumo a fortuna do filho do presidente , os policiais e delegados que andam em carros importados em nome de parentes,além das empresas das esposas e o judiciário então:www.idp.com.br, do chefão Gilmar
e os Malufs 40 anos de roubalheira e os negócios das filhas do Serra, a investigação da Alston e por fim as propagandas dos governos sobre as maravilhas em um país,estado e município, distante da realidade caótica .Não estou defendendo os Nardoni, se quer os conheço, mas que existe muitas coisas estranhas, existem....
Wander
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