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| Viviana, Benigna e Damiana: mulheres do ex-bispo |
23 de junho de 2009
> Mulher fura mãos com prego em protesto contra o presidente Lugo.
12 de maio de 2009
> Padre diz a mulher que bispo engravidou: ‘Você vai pro inferno’.
26 de abril de 2009
> Já são seis mulheres que afirmam ter filho com o ex-bispo Lugo.
23 de abril de 2009
> Oposição acusa Lupo de ter cometido estupro quando era bispo.
21 de abril de 2009
> Outra mulher diz que teve filho com o bispo Lugo.
20 de abril de 2009
> Presidente do Paraguai assume filho concebido quando era bispo.
13 de abril de 2009
> Casos de pedido de reconhecimento de paternidade.
Comentários
"Quando o presidente do Paraguai e ex-bispo católico, Fernando Lugo, de 57 anos, admitiu como seu o filho de 2 anos que teve com Viviana Carrillo, 31 anos mais jovem do que ele, causou uma crise política em seu país e, fora de suas fronteiras, estranhamento. As acusações de que Lugo — que em 2008 pôs fim a 61 anos de domínio do Partido Colorado — era pai de mais duas crianças aumentaram a tensão. Houve acusações da banda oficialista de que as denúncias faziam parte de um “golpe de Estado”, mas o presidente explicou sua conduta como “fruto de processos históricos” e pelo “perfil” de sua cultura.
A História do Paraguai lhe dá razão.
A cultura sexual do país é produto de uma História repleta de abusos, promiscuidade e machismo e marcada por uma guerra que dizimou sua população.
— As mulheres cuidam da casa e se encarregam dos filhos; os homens se dedicam a socializar — descreve a antropóloga Patricia Kluck, especialista em América Latina da Universidade de Maryland (EUA).
Como resultado da “socialização”, o Paraguai tem a segunda maior taxa de fecundidade da América — só perde para o Haiti — e um dos índices mais altos de filhos ilegítimos do continente. As razões remontam à época colonial: os primeiros espanhóis chegaram ao Paraguai em 1536. Em Assunção, primeira capital dos assentamentos espanhóis na América do Sul, criaram-se os primeiros haréns, cheios de mulheres guaranis, e gestou-se uma sociedade “com bastante miscigenação”, segundo o historiador Richard Sacks, autor do livro “Paraguay: the personalist legacy” (Paraguai: o legado personalista).
A identidade dupla permanece até hoje. Mais da metade da população (cerca de 7 milhões) fala guarani, a língua materna de 28% dos habitantes. A promiscuidade no Paraguai, no entanto, não se deve somente à libertinagem.
Também se explica pelas circunstâncias e pelos problemas. Na primeira metade do século XIX, o país viveu sob uma política de isolamento e, entre 1864 e 1870, a Guerra do Paraguai — em que enfrentou Brasil, Argentina e Uruguai — acabou com mais da metade dos habitantes.
A luta dizimou sua população masculina.
Alguns relatos falam em 90% dos homens jovens mortos. Uma sociedade de mulheres “consolidou a cultura machista”, explica Mario Silva, pesquisador da Sociedade Genealógica de Utah.
Pouco mudou hoje em dia. Cerca de 80% das mulheres do país foram vítimas de abuso sexual, segundo a Comissão de Direitos Humanos do Paraguai.
Sete de cada 10 filhos são registrados só pela mãe, ainda que na atualidade os homens paraguaios não sejam escassos — são 50,4% da população. Lugo não é um pioneiro em seu país no que se refere à paternidade irresponsável. Até seus predecessores seguiram a tradição.
Oito dos 45 presidentes paraguaios foram filhos de mães solteiras, e pelo menos 17 tiveram filhos ilegítimos.
Nem todos saíram ilesos dos casos com mulheres. O presidente Eligio Ayala (1924-1928) morreu em 1930 num crime passional que envolveu sua amante Hilda Diez e Tomás Bareiro.
Ayala surpreendeu Hilda com Bareiro e os dois homens se enfrentaram num duelo. Só Hilda sobreviveu."
ou então que CAPEM ESSE BAGUAL, porque do contrário ele imprenha toda a nação.
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