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Juiz aceita acusação contra o esquartejador confesso

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A partir de agora, os advogados de Mohammed D’Ali Carvalho dos Santos (foto), 20, terão dez dias para apresentar a defesa para o fato de o goiano ter matado em 26 de julho e esquartejado no dia seguinte a inglesa Cara Marie Burke, 17.

Hoje (15), o juiz da 1ª Vara Criminal de Goiânia, Jesseir Coelho de Alcântara, aceitou a denúncia (acusação) do MPF (Ministério Público Estadual) contra Santos por ter cometido homicídio qualificado (matou por motivo fútil e com emboscada, além de ocultação de cadáver e tentativa de suborno).

Quando foi preso, Mohammed confessou o crime. Ele disse ter matado a Cara, que conheceu em Londres, porque ela teria ameaçado contar à mãe dele, que então morava lá, sobre o seu envolvimento com drogas.

Mas na denúncia do MPF, com base nas investigações da polícia, a causa seria outra: a inglesa foi morta porque não quis se casar com Mohammed, de modo que ele obtivesse a cidadania inglesa. O plano dele seria se mudar para Londres, onde estava o seu irmão Bruce Lee, além de sua mãe, Ivany. Mohammed é órfão de pai.

Os advogados da defesa vão argumentar que quando o jovem cometeu o crime estava sob forte efeito de drogas. Além disso, eles deverão tentar sensibilizar os integrantes do júri com o fato de o Mohammed ter ficado traumatizado com a morte do pai, o soldado PM José dos Santos. Ele foi morto e decapitado quando o filho caçula tinha dois anos.

O promotor de vendas Cristiano Cardoso da Silva, 27, amigo de Mohammed, também foi denunciado por ter ajudado na ocultação do cadáver.

Santos  transportou o corpo desmembrado de Cara no carro de Silva. O tronco, colocado dentro de uma mala da própria vítima, foi jogado em um rio de Goiânia, e a cabeça e os membros foram deixados em sacos de lixo em local distante 33 quilômetros da cidade.

Silva contou à polícia que, quando soube o que estavam transportando, pulou fora do carro. Mas isso – se de fato ocorreu – não o livrou da Justiça.

Mohammed deverá ser levado ao Tribunal do Júri no primeiro semestre de 2009. Ele poderá pegar a pena máxima prevista na legislação brasileira: 36 anos de prisão em regime fechado.

Em entrevista a um jornal de Goiânia, Mohammed falou que a sua expectativa é que fique preso no máximo 7 anos. Ele deve estar contando com a atenuante de bom comportamento para abreviar a  condenação.

O corpo de Cara Marie deverá ser translado para Londres amanhã (terça, 16). O embarque estava previsto para sexta, o que não foi possível por causa da burocracia.

Uma senhora inglesa que pede que seu nome não seja divulgado vai pagar os gastos da viagem.

> Caso Cara Marie Burke.

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