Os peritos do Instituto de Criminalísticas (IC) de Goiânia encontraram vestígios de sangue no Corsa branco (foto) que Mohammed Santos, 20, usou para ocultar o corpo esquartejado de Cara Marie Burke, 17. Embora tenha confessado o crime, Santos tem de ser considerado formalmente como suspeito, até que tido como réu.
As amostras de sangue serão analisadas para comprovar se são da turista inglesa, morta no dia 26 de julho, um sábado, e esquartejada no dia seguinte. O laudo do DNA ficará pronto amanhã ou na segunda-feira, no mais tardar.
O dono do carro é Cristiano da Silva, 27. Ele disse à policia que emprestou o Corsa ao seu amigo Santos, como sempre o fazia, mas sem saber que era para ocultar o cadáver desmembrado da jovem. Contou que quando o amigo lhe falou do corpo, ele, Cristiano, deixou o carro rapidamente.
Aparentemente, Santos, em seus depoimentos à polícia, não incrimina em nada Silva como co-autor do crime. Mas ainda não se sabe por que Silva não comunicou à polícia que seu amigo tenha matado a jovem.
No começo das investigações, a polícia de Goiânia considerava a possibilidade de o suspeito ter tido a ajuda de alguém para colocar no carro o corpo da Cara Marie, dividido em uma mala e em sacos plásticos.
O delegado Jorge Moreira, responsável pelo caso, ouviu o porteiro que deu expediente no domingo (27) no edifício onde mora o suspeito e o funcionário garantiu que naquele dia Mohammed não teve a companhia de ninguém.
Ao portal G1, Santos disse por telefone estar “muito arrependido”, ressaltando, mais uma vez, que matou a inglesa porque estava drogado.
Esse é o argumento do advogado Carlos Trajano, contratado pela mãe de Santos, a Ivany Carvalho, que mora em Londres. Mãe e filho têm conversado muito por telefone. Uma das ligações teve duração de duas horas.
Para Trajano, quando Santos matou Cara Marie ele estava totalmente fora de si por causa das drogas (cocaína, crack e álcool). “Aos poucos ele está retornando ao seu estado normal de consciência”, disse o advogado.
A polícia apurou que a dependência de Santos das drogas é tanta, que ele, quando não tinha dinheiro para comprá-las, cheirava gás de cozinha, até o desmaio.
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