Anne Marie Burke (foto), 54, diz acreditar na Justiça brasileira para condenar à pena máxima de prisão (30 anos) o goiano Mohammed Santos, 20, que confessou ter matado e esquartejado a filha dela, Cara Marie, 17. Emocionada, ela deu entrevista ao Fantástico que foi transmitido ontem.
Ela contou que Cara conheceu Mohammed em Londres em um parque – ele estava jogava futebol -- e os dois se apaixonaram. E desde então, disse ela, a filha passava mais tempo na casa da mãe do namorado que na dela. “Tiraram o meu bebê de mim.”
A mãe de Santos, Ivaney Carvalho, trabalha como faxineira em Londres e é imigrante ilegal. Depois da morte de Cara, Ivaney deixou de aparecer ao trabalho e ninguém sabe onde encontrá-la. Ela tem falado com com freqüência com o filho pelo telefone.
Anne não chegou a conhecer o brasileiro. “Ele nunca quis me visitar. Nem a mãe dele.”
Ela tem recebido solidariedade de brasileiros que moram em Londres, os quais, acrescentou, se sentem envergonhados pelo que houve. “Mas sempre respondo: vocês não precisam ter vergonha pelo que aquele demônio fez com minha filha, porque não há na terra outra pessoa tão ruim.”
Disse que tentou impedir que a filha viajasse ao Brasil. “Mas ela tinha mais de 16 anos, é maior de idade pelas leis britânicas.”
Acusou Santos de querer casar com Cara com o interesse de obter a cidadania britânica, à qual a mãe passaria a ter direito. Advogado de Santos negou.
Pelo que Anne disse, Cara perdeu o interesse por Santos quando esteve no Brasil e pediu para a mãe dinheiro para passagem. A volta foi marcada para o dia 3 de agosto. Cara foi assassinada no dia 26 de julho.
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