
Na noite de ontem, por volta das 22h, Anna Carolina Jatobá (foto) foi transferida da Penitenciária do Carandiru, zona norte de São Paulo, para a Penitenciária Feminina de Tremembé, no Vale do Paraíba, a 138 km da capital. Foi uma transferência discreta, com o uso de um único carro policial, sem escolta, informou o Jornal da Globo.
A tensão entre as detentas do Carandiru estava aumentando desde que para lá tinha ido a madrasta de Isabella, pela manhã. Na quadra da penitenciaria, detentas escreveram com giz um recado para Anna: “Assassina.”
Anna ia ficar em sela isolada, longe do prédio principal da penitenciária, onde há mais de 2.500 presas. Mesmo assim havia ameaça de rebelião.
A Penitenciária de Tremembé tem capacidade para cerca de 400 presos e concentra os condenados que em outras prisões estariam jurados de morte pelos presidiários. Trata-se de ex-militares militares e civis, filhos de funcionários da Justiça e estupradores. É lá que Suzane Richthofen cumpre pena de 39 anos por ter matado seus pais em 2002.
Os advogados de Anna e Alexandre Nardoni (réus na ação penal do assassinato da menina Isabella) vão dar entrada hoje na Justiça ao pedido de habeas-corpus. Ontem, Antônio Nardoni, pai de Alexandre, disse que a decisão do juiz de decretar a prisão preventiva “foi emocional”. Esse será um dos argumentos que os advogados foram usar na solicitação do habeas-corpus.
Os juristas estão divididos: uns acham que não há motivos para a prisão preventiva e, portanto, haverá a concessão do habeas-corpus, mesmo que seja em instâncias superiores, e outros elogiam a decisão do juiz Maurício Fossen em acatar na totalidade a denúncia (acusação) do Ministério Público responsabilizando o casal pelo assassinato.
> IML tirou fotos de pai e madrasta em trajes íntimos. (Folha)
> Editorial de jornal diz que prisão foi abusiva. (Folha)
> Caso Isabella.
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