
por Plinio Delphino e Cristina Christiano, do Diário de S.Paulo:
A perícia encontrou vestígios de sangue na roupa usada por Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, (foto) no dia da morte de Isabella de Oliveira Nardoni, 5. A roupa seria a mesma utilizada pela madrasta no sábado em que Isabella foi arremessada por um buraco na tela de proteção do apartamento do casal, no sexto andar do edifício London, zona norte de São Paulo. As roupas entregues pelo casal teriam sido lavadas, segundo a investigação.
No inquérito policial, nenhuma testemunha afirmou ter visto Anna Carolina Jatobá, de 24 anos, abraçando o corpo de Isabella depois que a menina caiu no gramado. A madrasta, segundo o porteiro do prédio, chegou ao local onde Isabella estava caída alguns minutos depois de Alexandre. Ela só gritava que não havia segurança no prédio, de acordo com a testemunha.
Duas novas testemunhas ouvidas nesta quarta pela polícia podem também comprometer a defesa do pai de Isabella, Alexandre Nardoni, 29 anos. Os depoimentos não aconteceram no 9 DP (Carandiru), onde estão concentradas as investigações. As pessoas interrogadas participavam de uma festa, onde também estava a irmã de Alexandre, Cristiane Nardoni. Na noite do crime, dois participantes da festa ouviram da tia da menina uma frase desesperada, logo após ela receber uma ligação. Essa frase, mantida em segredo pela polícia, poderia colocar em xeque a versão de Alexandre.
A polícia também suspeita que Isabella não tenha sido colocada em seu quarto. A perícia avalia pegadas no cômodo, para saber se eram recentes ou de sapatos diferentes dos que foram apreendidos no apartamento do casal. O buraco na tela de proteção por onde Isabella foi jogada, feito inicialmente com faca e depois com tesoura, foi feito por uma pessoa destra, de acordo com peritos, mas não há informação de o pai ou a madrasta são canhotos.
A equipe de investigação do 9 Distrito Policial (Carandiru), chefiada pelo delegado Calixto Calil Filho, está agora tentando individualizar as responsabilidades pela morte Apontar quem asfixiou a menina, quem cortou a tela de proteção e quem jogou o corpo da garota pela janela. Ou seja, o delegado acredita que a morte tenha tido a participação de mais de uma pessoa. Os dois únicos suspeitos do crime até agora são Alexandre Nartoni e Anna Carolina Jatobá, que tiveram prisão temporária decretada.
Atualização: Anna Carolina Jatobá foi ouvida no início da tarde hoje pela delegada Renata Pontes. A madrasta de Isabella já tinha prestado depoimento à polícia logo no começo do caso. Como as investigações prosseguem sob sigilo, a delegada não adiantou porque chamou mais uma vez a Anna.
> "A morte de uma criança nos fere a todos." (Contardo Calligaris, da Folha)
> Dossiê do caso Isabella.
Comentários
a madrasta é canhora sim , e ela pode usar os dois lados olhem o video com atenção o menino no colo
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