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Pai e madrasta não vão à simulação da morte de Isabella


Trechos da simulação

O não-comparecimento de Alexandre Nardoni e de sua mulher Anna Carolina Jatobá na simulação feita hoje do assassinato de Isabella poderá prejudicar a defesa dos dois, na hipótese de o caso ser levado a um tribunal de júri. Os advogados de defesa também não apareceram.

Alexandre e Anna foram notificados pela polícia, mas preferiram não comparecer, o que lhe faculta a legislação. Eles já tinham avisado que não iriam à simulação, mas havia a expectativa de que pudessem reavaliar a decisão.

No entendimento de advogados criminalistas, os dois, ao não participarem da simulação, abriram mão de uma oportunidade para demonstrar a sua versão, a de que a menina foi assassinada por um estranho, que na noite de 29 de março de 2008 invadiu o apartamento de Alexandre e a jogou pela janela.

Alexandre e Anna foram indiciados pela polícia por homicídio doloso (com intenção de matar).

Há peritos criminalistas que criticam a forma pela qual a simulação foi feita. Mauro Ricart, por exemplo, afirmou que a simulação teria de ser realizada em um sábado à noite, para que se tivessem as condições mais próximas do cenário em que ocorreu o crime, no edifício London, zona norte de São Paulo.

Ele disse à Globo News que essas e outras falhas, como a abertura maior do que a feita pelo assassino na rede de proteção da janela pela qual a menina foi jogada, poderão servir aos advogados da defesa para questionar a simulação.

É preciso saber agora qual será a avaliação dos advogados de defesa, Marco Pólo Levorin e Ricardo Martins. A única declaração que eles fizeram hoje, pelo menos até agora, foi a de que as investigações não tiveram a abrangência que o caso exige. Reafirmaram que os seus clientes são inocentes.

A simulação encerra o inquérito policial. Laudos, depoimentos dos indiciados e de testemunhas e o que se apurou na simulação serão encaminhados (provavelmente na terça) ao Ministério Público, ao qual caberá encaminhar ou não o caso à Justiça.

Antes de tomar uma decisão, o Ministério Público poderá pedir à polícia novas provas, se avaliar que há inconsistência no inquérito. Ninguém acredita nessa possibilidade, porque os laudos da perícia não dão margem para dúvidas (essa é a minha opinião, de leigo), embora pelo menos um deles chegou a ser contestado pelos advogados de defesa --- o que detectou indícios de sangue de Isabella no Ford K do seu pai. O espancamento da menina teria começo no carro, antes de a família voltar ao apartamento.

Antes que o caso chegue à Justiça, há a possibilidade de a polícia ou mesmo o Ministério Público pedir a prisão preventiva de Alexandre e de Anna. O não-comparecimento deles na simulação poderá influir na decisão do juiz.


AVÔ PATERNO - João Arcanjo de Oliveira, pai da Ana Carolina, mãe de Isabella, acompanhou a simulação do crime à distância e no anonimato, informa o Estadão. Estava em um posto de gasolina próximo ao edifício London, até ser descoberto pela imprensa. Ele e sua filha têm sido discretos desde o começo do caso. Evitam dar declarações públicas.

> Testemunhas choram. (Estadão)

> Inquérito segue para a Justiça. (Folha Online)

> Caso Isabella.


Edifício London

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