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Trechos do depoimento de Alexandre e Anna e de testemunhas do caso Isabella

O Estado de S.Paulo publicou trecho do depoimento à polícia de Alexandre Nardoni, pai de Isabella, de Anna Jabotá, a madrasta, e de testemunhas como o porteiro e síndico do edifício e de vizinhos. A polícia estranha que o depoimento de Alexandre e o de Anna sejam praticamente o mesmo. Seguem os trechos:

Depoimento em 30/3 de Alexandre, pai de Isabella: 'Não possuo inimigos nem sofri ameaças'

"O declarante no ano 2000, conheceu Ana Carolina Cunha de Oliveira, com quem manteve um relacionamento que durou dois anos e oito meses, que, desse relacionamento tiveram uma filha, Isabella de Oliveira Nardoni, a qual contava com cinco anos de idade; que, no ano de 2002 conheceu Anna Carolina Trotta Jatobá, com a qual passou a conviver maritalmente após quatro meses de namoro e oficializando o matrimonio deste ano de 2008 (...)

(...) Salienta o declarante que era muito bom o relacionamento entre sua esposa Anna Carolina e Isabella, informando que ambas se adoravam (...)

(...) Que, por volta das 23h10 ou 23h20, adentrou nas dependências da garagem (...), informando que seus três filhos já estavam dormindo dentro do carro; que o declarante estacionou o seu veículo (...); informa que resolveu subir primeiramente com Isabella, enquanto sua esposa aguardava-o no veículo para que pudesse auxiliá-la com as demais crianças; que subiu com Isabella no colo, abriu a porta de seu apartamento que estava trancada, acendeu as luzes do rol de entrada, da sala e do corredor e em seguida a luz do quarto de Isabella; que colocou-a na cama, cobriu-a e acendeu o abajur do quarto dela, apagando as luzes do quarto em seguida, recordando-se que retirou as sandálias de seus pés; que, a seguir, dirigiu-se ao quarto de seus filhos, que fica bem ao lado do quarto dela e preparou as camas deles (...)

(...) Que dirigiu-se à janela do quarto dos meninos, a fim de fechá-la, pois encontrava-se semi-aberta e recorda-se que travou o trinco; que pôde observar que a rede de proteção da janela encontrava-se intacta (...)

(...) Que durante o tempo que permaneceu no apartamento, (...) não observou nada de estranho, não ouviu qualquer barulho e não viu a vítima Isabella levantar-se da cama ou acordar (...)

(...) Que subiram o elevador juntos, abriu a porta de entrada novamente, que ainda encontrava-se trancada e ambos adentraram com as crianças no apartamento (...)

(...) No corredor que dá acesso aos quartos, viu que tanto a luz do quarto de Isabella quanto a do quarto dos meninos estavam acesas e ao chegar no quarto da Isabella, que fica após o quarto dos meninos, viu que esta não se encontrava na cama; que, então, com o filho no braço, adentrou no quarto dos meninos, observando que havia pingos de sangue no chão e olhou direto para a janela que estava totalmente aberta, vendo que havia um corte na tela de nylon de proteção, formando um círculo; que então dirigiu-se à janela com o filho no colo e, ao olhar pela janela, viu que sua filha encontrava-se caída lá embaixo, na grama; informa que neste momento levou um choque e passou a gritar; que as crianças se assustaram com os gritos e acordaram; que, ao observar Isabella caída, não viu ninguém perto dela; que desceu rapidamente pelo elevador social na companhia de Anna Carolina, ambos segurando os filhos no colo; que chegaram juntos ali no jardim e o declarante tentou escutar o coração da filha e chamá-la, não observando qualquer reação (...)

(...) Entrou em desespero passando a gritar por socorro, pedindo para que os moradores acionassem uma ambulância (...)

(...) Informa que sua esposa, Anna Carolina, ligou para a mãe de Isabella, através de seu telefone celular, e esta imediatamente se dirigiu ao local, ali chegando em instantes, antes mesmo da Unidade de Resgate (...)

(...) Salienta o declarante que somente têm as chaves de seu apartamento ele e a esposa, Anna Carolina (...)

(...) Depois de descer no local da queda, juntamente com sua esposa, Anna, não mais subiu ao apartamento. Não deu tempo de verificar se alguma coisa foi subtraída do imóvel. Não possui inimigos ou está sendo ameaçado por quem quer que seja. Nada fez que justificasse alguém a provocar-lhe mal desta natureza, no sentido de vingar-se de sua pessoa.

(...) Quando viu a rede de proteção, não chegou a concluir que a mesma tenha sido cortada ou danificada com as mãos, observando tão somente o orifício nela provocado e que o mesmo era redondo. Não encontrou faca ou tesoura no quarto dos meninos. Na hora que olhou através da rede cortada a queda da criança lá embaixo, entrou em choque, assim como sua esposa, os dois ao mesmo tempo. Quando estavam saindo do apartamento, já tiveram a idéia de ligar para seu pai e o pai dela, sendo que Anna, então, pegou o telefone fixo que estava na sala e ligou deste telefone para as duas famílias, não sabendo esclarecer se ela conseguiu falar nesse momento com os mesmos.

Desceram juntos no mesmo elevador. Ao aproximar-se de Isabella, seu filho Pietro estava ao seu lado. Não é verdade que chegou primeiro que Anna lá embaixo. Não sabe qual foi o primeiro morador que chegou no local. Encostou a mão no peitinho de sua filha, a fim de ver se o coração estava batendo, percebendo que ele estava batendo, porém, ela não respondia. Estava vestindo uma bermuda jeans, chinelo de dedo (calça 41) e uma camiseta cinza com estampa pequena na frente e uma grande atrás. Essa camiseta encontra-se agora na casa de sua mãe. É a mesma camiseta que vestia quando esteve na Santa Casa e a mesma com a qual compareceu nesta delegacia, no período da noite, sendo, portanto, a mesma camiseta que usava quando compareceu no IML, para submeter-se aos exames requisitados pela autoridade policial.

Não reparou se o abajur do quarto de Isabella tinha sido desligado quando deu por falta dela. Em momento nenhum ouviu barulho dentro do apartamento. Acredita que a pessoa que esteve dentro de seu apartamento tenha uma cópia da chave da porta haja vista que não houve arrombamento.

Isabella era uma criança muito quieta, motivo pelo qual em momento algum pensou que ela pudesse ter caído acidentalmente da janela. Ela tem sono pesado, normalmente acordando só no dia seguinte. Seu filho menor, Cauã, costuma chorar quase todas as noites e, quando Isabella estava presente, ela nunca acordava com o choro dele.

A última discussão que teve com sua esposa foi na semana passada, em dia que não se recorda, tratando-se de uma briga rotineira de casal, não havendo agressões. Apenas em uma das brigas ocorreu agressão física, chegando Anna a dar-lhe um tapa no braço, não havendo revide de sua parte.

Não faz uso de qualquer tipo de medicamento e ultimamente não fez uso de nenhum. Na casa, há uma receita dada a sua esposa, por uma médica, cuja especialidade não sabe, referente a dois medicamentos, um deles de nome Lexopran, salvo engano, e outro que não se recorda. Compraram apenas um, que era uma espécie de calmante, tendo em vista que ela pouco tem dormido por conta do choro do filho menor. Não sabe a finalidade do primeiro medicamento, esclarecendo que nem chegaram a comprá-lo.

Isabella não era dada a birras, tampouco era uma criança mal-educada. Reafirma que calcula que todo o tempo que se ausentou da garagem, enquanto Anna o esperava lá, contando o tempo gasto na subida e descida pelo elevador, bem como o tempo de permanência no imóvel, foi em torno de dez minutos.

Quando desceu ao local, chegando perto de sua filha, viu o porteiro indo em direção à portaria, entrando na guarita. Depois não reparou mais nele (...)

(...) Não sabe quem foi a primeira pessoa a ligar para 190 ou chamar para o resgate. Não teve a idéia de ligar de seu celular para chamar uma ambulância ou viatura no local (...)

Isabella o chamava de papai e de pai. A idéia de que alguém estivesse dentro de seu apartamento e de lá atirado sua filha (...) foi sua. Fez o comentário dessa possibilidade, de que havia alguém estranho dentro de seu apartamento, quando já estava lá embaixo. Nada mais disse nem lhe foi perguntado.


Depoimento em 30/3 de Anna Carolina Jatobá, madrasta: 'Tinha ciúmes da mãe de Isabella'

Declarou que (...) quando conheceu Alexandre, ele não mantinha qualquer relacionamento com Ana Carolina, com a qual teve uma filha, Isabella (...) Que tem conhecimento que Alexandre efetuava o pagamento da pensão alimentícia a Isabella, cujo valor não sabe informar, entretanto recorda-se que houve uma revisão de pensão na Justiça, para aumento do valor da pensão (...) Informa que conhecia Ana Carolina, mãe de Isabella, e confessa que já teve muitos desentendimentos com esta no decorrer da relação com Alexandre, visto que inicialmente tinha ciúmes desta com seu marido, sendo que alguns desentendimentos e intrigas terminaram pouco tempo atrás, quando seu filho Pietro passou a freqüentar a mesma escola que Isabella e então ligava para Ana Carolina perguntando se poderia apanhar Isabella, inclusive para levá-la para sua casa às sextas-feiras.

(... )Informa que o relacionamento com Isabella era ótimo, informando que eram apaixonadas (...) Que Isabella era calma, bastante boazinha e meiguinha, e nunca precisou repreendê-la e que ela dizia que gostava de ficar com a as criança porque fazia tudo o que ela queria, inclusive era querida pelos irmãos, que a amavam (...) Confessa que Alexandre já lhe deu palmadas a fim de repreendê-los (...) Alexandre era bom esposo e não tem comportamento agressivo, e parece-lhe calmo até demais e que não gosta de discussões (...) Que, na sexta-feira, Isabella não foi para a escola e por volta das 14h30 apanhou a menina na casa dos avós maternos; que não houve qualquer problema naquele dia; que Alexandre tinha conhecimento que a declarante estava naquela tarde com Isabella; que freqüentaram a piscina do prédio; que Isabella estava bem e nada de anormal aconteceu.

(...) Que por volta das 18h45 Alexandre chegou do trabalho e por volta das 20h30 foram para a casa de sua sogra com os filhos e Isabella; que lá ficaram por volta das 22 horas e retornaram para casa (...) Que no sábado pela manhã, Alexandre saiu e ao retornar as crianças já estava trocadas; que a declarante pediu para que Alexandre descesse com as crianças para a quadra para jogar bola; que ali no elevador de serviço o zelador, o Sr. Zé Luís, tendo este entregue a correspondência e em seguida virou para Isabella, dizendo: “ah é essa que é só filha do Alexandre”; que a declarante achou estranho esse comentário do zelador Zé Luís ; que na sexta-feira estava com Isabella na piscina e ele se aproximou e indagou se aquela era filha do Alexandre, se referindo a Isabella (...) Que acha estranho que sempre quando estava nas dependências do edifício ou área de lazer do prédio, o Sr. Zé Luis estava sempre por perto.

(...) Informa que as chaves do seu apartamento permaneceram na portaria somente enquanto seu apartamento estava em reforma e que após ter mudado para o prédio, as quatro chaves foram devolvidas (...) Zé Luís e Alexandre já tiveram algumas animosidades por conta de reformas e por conta da postura funcional do zelador...

(...)(No sábado) Seu celular vibrou e então pôde verificar que tratava-se de 23h29 ou 23h30; que estavam à alguns minutos de sua casa (...) Alexandre resolveu levar primeiramente Isabella; que a declarante pediu para que arrumasse as camas dos meninos, que permaneceria aguardando no interior do veículo com os dois meninos; que Alexandre apanhou então Isabella no colo e subiu para o apartamento; que não sabe ao certo quanto tempo Alexandre demorou, acreditando que entre o mesmo subir e descer, 10 a 12 minutos; que, enquanto ali permaneceu, viu que adentrou na garagem uma camionete preta, ocupada por jovens, pois riam e falavam alto; que a camionete passou rapidamente pelo seu veículo e desceu para o subsolo.

Que Alexandre, após o mencionado tempo, desceu; que Alexandre retornou normal, calmo e tranqüilo, apanhou Pietro no colo e a declarante com Cauã; que, no sexto andar, Alexandre foi à frente e a declarante viu o momento em que Alexandre colocou a chave na fechadura para abri-la; que tirou seu tamanco na cozinha, deixou a bolsa na mesa da sala e, em seguida, com o Cauã no colo, dirigiu-se ao quarto; que viu que um dos quartos estava com a luz acesa, não sabe se o de Isabella ou dos meninos; que percebeu que o quarto de Isabella estava com o abajur apagado; que Alexandre indagou onde estava a Isabella, pois o mesmo chegou a comentar com a declarante de que havia colocado Isabella na cama, com a luz acesa, acendeu o abajur e após sair desligou a luz do quarto de Isabella, e em seguida, dirigiu-se ao quarto dos meninos, apanhando o abajur dentro do quarto de Pietro, teria recolhido alguns carrinhos espalhados pela cama e guardando-os em uma caixinha que fica sobre a prateleira em cima da cama e por fim ajeitado a cama para colocar as duas crianças.

Que Alexandre ao ingressar no corredor notou as luzes de forma diferente da maneira que havia deixado, motivo que o fez perguntar por Isabella; que a declarante disse que ela deveria ter caído da cama; que ato contínuo da porta do quarto, sem adentrar, perceberam que Isabella não estava na cama; que imediatamente a declarante foi até o seu quarto, imaginando que a menina pudesse estar lá, quando constatou que a mesma não estava lá; que então disse que ela estava no quarto de Pietro; que dirigiram-se com as crianças para o quarto dos meninos e ambos viram um rasgo na tela de proteção da janela; que não se recorda se este quarto estava com a luz acesa; que Alexandre ao olhar para baixo, viu a menina caída; que a declarante presenciou uma manchinha de sangue na cama de Pietro.

Que a declarante começou a gritar, dizendo “pelo amor de Deus, cadê a Isabella”; que as crianças, assustadas, acordaram; que a declarante foi até a janela e também viu a Isabella caída lá embaixo; que Alexandre determinou que a declarante ligasse imediatamente para seu pai, enquanto foi acionar o elevador; que a declarante pediu que o pai de Alexandre viesse imediatamente e foi acionar o elevador, onde ambos desceram juntos com as crianças; que ao chegar lá embaixo e ao ver Isabella começou a gritar por socorro, que neste momento avistou o porteiro, o qual não sabe declinar o nome, disse que tinha ido ali “um minutinho”.

(...)Que Alexandre começou a gritar que ninguém entrasse e ninguém saísse do prédio, dizendo que havia um ladrão ali no prédio, dizendo ao porteiro se não tinha visto alguém adentrar ali; que, quando os policiais chegaram, de um batalhão próximo do edifício, Alexandre passou a gritar novamente que havia ladrões ali no prédio; que a menina permaneceu no local até a chegada do resgate; que a declarante afirma que não notou a falta de nenhum objeto ou valores na ocasião dos fatos, entretanto hoje ao retornar ao apartamento notou a falta de uma câmera digital, não sabendo precisar de fora roubada ou não.

Depoimento em 30/3 de Valdomiro da Silva Veloso, porteiro do edifício: 'Casal não desceu junto após queda da menina'

Quando estava dentro da guarita, ouviu um barulho forte, parecendo até uma batida de carro. Abriu o vidro da guarita e já visualizou caída no jardim uma criança, percebendo que era uma menina.

(...) Esclarece que o sr. Lúcio, morador do apto. 12, foi o primeiro a residir no edifício (...) e era o morador que tinha mais contato, motivo pelo qual foi a primeira pessoa que interfonou para o apartamento dele, dizendo-lhe que havia uma criança caída na grama do jardim.

(...) Depois saiu da guarita e foi até próximo do corpo, quando, então, cerca de dois minutos após a queda, ali apareceu Alexandre gritando que haviam arrombado seu apartamento e cortado a tela e jogado a sua filha do 6º andar (...) Alexandre estava muito agitado e colocava o rosto próximo ao corpo da criança e queria pegar a criança para levar ao pronto-socorro.

(...) Seu Lúcio, que estava na sacada e neste momento encontrava-se acionando a polícia e o resgate, gritou para que Alexandre não mexesse na criança. (...) Após alguns instantes, não sabe precisar o tempo, chegou ali também a esposa de Alexandre, trazendo nos braços uma criança. (...) Alexandre e a esposa não desceram juntos, no mesmo elevador. (...) A esposa dele dirigiu-se ao depoente com xingamentos, dizendo: 'Seu incompetente' e em seguida proferiu palavras de baixo calão. (...)


Depoimento em 30/3 de Antônio Lúcio Teixeira, morador do apartamento 12: 'Ouvi gritos de criança dizendo papai, papai, papai ... pára... pára'

Na data de ontem, após sua esposa deitar-se o depoente assistia à TV na sala com a porta de vidro da varanda aberta..., e que, por volta das 23h35, aproximadamente, ouviu gritos ao longe de criança dizendo três vezes seguida, 'papai, papai, papai ... pára... pára' (...)

(...) A impressão que teve foi que a criança gritava de um dos apartamentos e não da rua, corredores e elevadores (...)

(...) passados alguns minutos, cerca de cinco aproximadamente ... ouviu um estrondo. (...)

(...) Na seqüência Valdomiro da portaria interfonou-lhe dizendo: 'Sr. Lúcio, caiu uma criança lá de cima e está na grama. (...)

(...) O depoente não tomou qualquer outra atitude, apanhou o telefone e discou 190. (...)

(...) Que perguntou da sacada ao Alexandre o que havia acontecido e ele respondeu que havia um ladrão lá em cima, que arrombou a porta do apartamento, rasgou a tela de proteção e em seguida havia jogado sua filha lá embaixo. (...) pôde ver uma senhora do outro lado da rua, moradora de uma das casas... ela contou-lhe que também chegou a escutar voz de criança gritando 'papai, pára'. (...)

Depoimento em 1°/4 de Geralda Afonso Fernandes, moradora de imóvel vizinho

(...) Acordou, não sabe precisar a que horas, com gritos de criança, não sabendo determinar o sexo, dizendo 'papai, papai, papai' (...)

(...) o grito era alto e dava a impressão de ser um grito de chamado pelo pai, como se ele não estivesse do lado da criança. Era um grito confiante, no sentido de saber que o pai iria ouvi-la e atendê-la.(...)

(...)Não ouviu naquele momento outras vozes além do grito, nem mesmo discussão. Os dois últimos gritos foram mais débeis, foram mais distanciados, como se a criança estivesse distanciado-se para o interior do apartamento, tratavam-se de gritos mais abafados, como se ela tivesse sido repreendida para calar a boca.(...)


Depoimento em 1º/4 de Osvaldo H. Nogueira Júnior, síndico do edifício: 'Anna gritava palavrões no jardim do prédio'

Em razão dos gritos de uma mulher, com xingamentos no jardim (...), suspeitou que algo estivesse ocorrendo; que, então desceu para ver do que se tratava quando constatou que aquela mulher que gritava proferindo palavrões (...) era a esposa de Alexandre, moradores do apartamento 62 (...)

(...) que, de pronto deparou-se com a criança caída na grama e o pai, Alexandre, próximo à mesma, gritava que havia ladrão (...) que cortou a tela e jogou a filha dele pela janela e mencionava para ninguém entrar nem sair do prédio; dizia que subissem para ver, pois o ladrão estava lá (...)

(...) quando Alexandre mencionou que tinha ladrão (...), o depoente subiu para seu apartamento assustado e ficou com seus familiares e permaneceu na varanda (...), oportunidade em que ali haviam chegado alguns policiais (...)

(...) o porteiro V. interfonou, dizendo que não era para ninguém sair (...) porque a polícia estaria passando (...), procedendo revista (...) soou a campainha e ao atender se tratavam de vários policiais armados que com a anuência do depoente vistoriaram (...) e nada encontraram, tranqüilizando-os que no prédio não havia sido encontrado ladrão (...)


Depoimento em 31/3 de Paulo Colombo, vizinho

(...) o depoente informa que reside no condomínio Vilas Reis, onde já residiu o casal (...)

(...) pôde perceber que eles discutiam muito, no apartamento e até por telefone... pôde ouvir que Anna Carolina sentia ciúmes da ex-mulher de Alexandre... numa das discussões do casal pôde ouvir Anna Carolina dizer que ele, Alexandre, teria 'ferrado' ela, Anna Carolina, que tinha dois filhos dele e que estava malcasada, uma vez que ele Alexandre tinha uma ex-mulher, que infelizmente havia laços que não seriam desvinculados; que outras discussões ocorriam sempre neste sentido de ciúmes de Anna Carolina da ex-mulher de Alexandre (...) ao início deste ano ouviu o barulho alto proveniente do apartamento 63, do casal Alexandre e Anna Carolina, logo em seguida ficou sabendo que Anna Carolina teria quebrado com as próprias mãos o vidro da lavanderia. (...) pode dizer que Anna Carolina tinha uma personalidade forte, tinha ciúmes do marido (...)

Depoimento em 31/3 de Alexandre de Lucca, ex-vizinho

(...) diante da insistência de Alexandre em instalar as redes de proteção na sacada de seu apartamento, o porteiro acionou o depoente; que o depoente então interfonou no apartamento de Alexandre, dizendo que não seria permitido naquele dia de feriado barulho no prédio, pedindo para que aguardasse o dia seguinte; Alexandre disse: '... e se meus filhos caÍrem em razão de não ter a proteção, você sabe que eles são pequenos' (...)

Depoimento em 31/3 de Clauber Santana, ex-vizinho

(...) somente na última discussão antes de deixarem o prédio, o vidro da janela da lavanderia do apartamento do casal foi arrebentada.(...)

'Desde o início, não aprovamos Alexandre'


Depoimento José de Oliveira e Rosa Cunha: pai de Ana Carolina

Sua filha Ana Carolina veio a manter o relacionamento amoroso com a pessoa de Alexandre, sendo que quando se conheceram sua filha tinha 16 anos de idade; Que desde o início do relacionamento o depoente e sua esposa não aprovaram a pessoa de Alexandre.

(...) Que inclusive tentaram pôr fim a este relacionamento, contudo como Ana Carolina estavam ficando doente, autorizaram então a continuidade da relação. (...) O depoente recorda-se certa época em que Isabella passou a freqüentar a escola. Alexandre não gostou e ameaçou matar sua esposa para sua filha, dirigindo-se inclusive a sua residência e o depoente deslocou-se à sua residência e presenciou Alexandre permanecer na porta (...) ameaçando de morte sua esposa, sendo necessária a intervenção do pai de Alexandre para levá-lo, sendo os fatos registrados no 39º DP.

Depoimento de Rosa Cunha, mãe de Ana Carolina:

(...) Há seis anos, Alexandre fora vítima de tentativa de homicídio, tendo fornecido a versão de que (...) havia adquirido o veículo de indivíduo jurado de morte e que os tiros na realidade estavam relacionados ao veículo (...), tendo a depoente mais uma vez não acreditado na versão.

> Polícia estranha que o casal concorde em tudo no depoimento. (Estadão)

> Caso Isabella.

Comentários

Anônimo disse…
eu acho que foi o pai da isabella que a matou e a madrasta ajudou
Anônimo disse…
os culpados sao o pai e a madrasta
Arletecosta disse…
Continuo em duvidas ainda a respeito do caso. Acompanho pela midia e internet, e vejo muitas contradicoes.
Desejo que a justica se faca, mais ainda hoje tenho duvidas de quem matou a Isabella.
Tem detalhes aqui que eu nao tinha lido na midia, que me fazem ficar mais em duvida ainda.
Mais, tenho que acreditar na nossa justica, preciso acreditar caso contrario nada mais resta.
Anônimo disse…
É UM CASO MUITO TRISTE E SERVE DE EXEMPLO PARA OUTROS PAIS, MADRASTAS, PROFESSORES E TODOS QUE LIDAM COM CRIANÇAS. A VIDA É O MAIOR DOM, POR ISSO DEVE SER RESPEITADA. FIQUEI COM PENA DAS FAMÍLIAS, POIS, TODOS SOFREM.
Anônimo disse…
É um caso muito triste e serve de exemplo para todas as pessoas que lidam com crianças e que devem perceber que a vida deve ser valorizada e amada. Mas, a justiça precisa de ser feita.
Anônimo disse…
A vida é muito bonita e as pessoas estão esquecendo desse valor. Isabella é um anjo e que ela interceda a Deus por nós e que a vida de outras crianças e de pessoas indefesas possam ser mais respeitadas, porque as pessoas estão vivendo de modo muito frio e quando não há amor, o sentido da vida perde o sentido.

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