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Magistrados desfrutam de boca-livre oferecida pelos bancos


De Fábio Guibu, da Folha:


Um grupo formado por 44 juízes do trabalho e ministros do TST (Tribunal Superior do Trabalho) participam durante o feriado prolongado de 1º de maio de um congresso patrocinado pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), em Natal (RN). O transporte e a hospedagem em um hotel de luxo foram pagos pela entidade.

Grande parte dos magistrados ainda compareceu ao evento acompanhado das mulheres ou dos maridos. As despesas com a viagem e a hospedagem dos familiares também foi
sfrutar da praia, o sol voltou a brilhar antes que os juízes terminassem o almoço.

Em entrevista à Folha, o vice-presidente do TST disse não via "nenhuma incompatibilidade" entre a atividade do juiz do trabalho e a participação dele em um evento pago por um de seus maiores interessados, os bancos. "Os médicos vão a congressos patrocinados por grandes laboratórios, mas nem por isso eu acredito que o meu médico vá me receitar um remédio que não seja compatível com o que eu preciso, só para agradar um laboratório", disse.

O ministro defendeu a presença de familiares de juízes no local: "Minha mulher não veio por uma série de circunstâncias, mas, se o colega trouxe, não vejo mal, até para evitar maledicências, porque muitas pessoas, às vezes, pensam erradamente que um congresso desses pode ter um sentido menos nobre".


Veja só: o vice-presidente do TST, ministro Milton de Moura França, falou longos cincos minutos justamente sobre.... ética e moral. O repórter reservou para o fim do texto uma emblemática afirmação do Moura França, a de que existem pessoas que podem pensar “erradamente que um congresso desses pode ter um sentido menos nobre”.

No ano passado, a seguradoras Amil, Golden Cross, Assim e o laboratório Fleury e Federação Nacional dos Seguros ofereceram uma boca-livre semelhante a 150 juízes. Leia aqui.
 

> Bancos são campeões em ações trabalhistas.


xxx

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

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