De Fábio Guibu, da Folha:
Um grupo formado por 44 juízes do trabalho e ministros do TST (Tribunal Superior do Trabalho) participam durante o feriado prolongado de 1º de maio de um congresso patrocinado pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), em Natal (RN). O transporte e a hospedagem em um hotel de luxo foram pagos pela entidade.
Grande parte dos magistrados ainda compareceu ao evento acompanhado das mulheres ou dos maridos. As despesas com a viagem e a hospedagem dos familiares também foi
sfrutar da praia, o sol voltou a brilhar antes que os juízes terminassem o almoço.
Em entrevista à Folha, o vice-presidente do TST disse não via "nenhuma incompatibilidade" entre a atividade do juiz do trabalho e a participação dele em um evento pago por um de seus maiores interessados, os bancos. "Os médicos vão a congressos patrocinados por grandes laboratórios, mas nem por isso eu acredito que o meu médico vá me receitar um remédio que não seja compatível com o que eu preciso, só para agradar um laboratório", disse.
O ministro defendeu a presença de familiares de juízes no local: "Minha mulher não veio por uma série de circunstâncias, mas, se o colega trouxe, não vejo mal, até para evitar maledicências, porque muitas pessoas, às vezes, pensam erradamente que um congresso desses pode ter um sentido menos nobre".
Veja só: o vice-presidente do TST, ministro Milton de Moura França, falou longos cincos minutos justamente sobre.... ética e moral. O repórter reservou para o fim do texto uma emblemática afirmação do Moura França, a de que existem pessoas que podem pensar “erradamente que um congresso desses pode ter um sentido menos nobre”.
No ano passado, a seguradoras Amil, Golden Cross, Assim e o laboratório Fleury e Federação Nacional dos Seguros ofereceram uma boca-livre semelhante a 150 juízes. Leia aqui.
> Bancos são campeões em ações trabalhistas.
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