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Ong lista 1.037 usuários do Twitter para ser processados por racismo

Algumas das mensagens reproduzidas no site Diga não à xenofobia
A organização não governamental SaferNet encaminhou ao MPF (Ministério Público Federal) o nome de 1.037 usuários do Twitter para que sejam denunciados (acusados formalmente) à Justiça por ofenderem os nordestinos. A paulista Mayara Petruso, 21, estudante do sexto semestre à noite de direito da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), encabeça a lista.

Por achar que a Dilma Rousseff (PT) só conseguiu se eleger à Presidência por causa dos votos dos nordestinos, o que não é verdade, Mayara teria sido a deflagradora na noite de 31 de outubro de uma onda de comentários preconceituosos no Twitter. Entre outras coisas, ela escreveu: “Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado."

Mayara foi demitida do escritório de advocacia onde estagiava e até ontem não tinha aparecido na faculdade.  Filha de um relacionamento extraconjugal, a estudante não vive com o seu pai, Antonino Petruso, que disse que ela tem de pagar na Justiça pelo que disse. Dono do Supermercado do Papai em Bragança Paulista (SP), Petruso pretende suspender a mesada que voluntariamente dá a Mayara.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), seção Pernambuco, já elaborou uma notícia-crime contra a jovem para que responda à Justiça por racismo e incitação pública ao homicídio.

O MPF vai decidir se apresenta denúncia contra os nomes listados pela SaferNet ou se seleciona alguns deles ou ainda se arquiva o caso.

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância de São Paulo instaurou inquérito ontem (sexta, 5) para investigar as mensagens do Twitter.

A SaferNet informou que os 1.037 nomes foram tirados de um conjunto de mais de 10 mil denúncias de racismo que recebeu de internautas.

A maioria das pessoas que ofenderam os nordestinos no microblog apagou suas mensagens, mas há cópias de algumas delas no site “Diga não à xenofobia”. Os autores das mensagens ali reproduzidas estão na lista da ong.

Com informação da SaferNet, Diga não à Xenofobia, Estadão e Folha.

Caso Mayara Petruso (ou preconceito contra os nordestinos).


Comentários

Anônimo disse…
excelente medida, que coragem a desse pai, que dá o testemunho de uma humanidade ainda sã, em meio a tantos abusos por parte da pedagogia que criou estes "monstrinhos" egocêntricos, narcisistas e nazistinhas mirins, agora tornados adultos no país das maravilhas...
se todos os pais agissem como este homem digno de ser chamado realmente de homem, porque tem ombridade, vadias como essas não posariam de moralistas do terror, semeando ódio e propagando preconceitos nas mentalidades alienadas e insanas como a dela...
merece louvor, aplausos, a justiça brasileira, que vai mudando aos poucos, saindo do marasmo, mobilizando-se em favor da dignidade humana, por esses fascitóides violentada...
pra completar, como toda mau-caráter, apesar de ser filha de um relacionamento extra-conjugal, a terrorista ainda posa de honrada, estudante de direito...que rábula mercenária a oab abortou antes que fosse tarde! desta nos livramos, mas por pouco!
Jose Fernando de Araujo disse…
Sou neto de nordestino e criado em São Paulo. De fato foi infeliz e infundado o comentário da garota, mas existe um evidente exagero na reação das pessoas. Parece que estamos lidando com alguma tese de mestrado de uma grande pensadora ou um movimento social sério e organizado ou ainda uma postura refletida e pensada. Acredito que foi somente um ato infeliz e impensado de adolescente que alcançou grande repercussão por ter sido colocado na rede. Processar, prender, expulsar da faculdade, ou tantas outras coisas que vejo não é proporcional ao ato da menina. Com a internet aquele comentário sarcásticos e preconceituosos, politicamente incorreto, que todos têm na roda de amigos, na família, enfim, no âmbito privado, torna-se publico e toma uma dimensão maior do que o pensamento externado. Repudiemos o pensamento, por ser infundado e preconceituoso, mas nãos no esqueçamos que é oriundo de alguém que não tem uma postura reflexiva, típica da adolescência e não exageremos no animus puniendi.
nordestinos nunca me atrapalho em nada, porquÊISSO? Vão a luta camaradas brasileiros, aqui tem espaço para todos...
Anônimo disse…
Cadê os defensores da liberdade de expressão?
É isso que a bancada evangélica do congresso defende para não aprovar a Lei que criminaliza a homofobia. Alegam o direito a liberdade de expressão, se esquecendo que não existe direito absoluto e todas as expressões que ofendem a honra, dignidade das pessoas, de qualquer pessoa, propagando a intolerância e discriminação têm que ser combatida. Se o ser humano não aprende por si que ninguém é superior a ninguém, a Lei tem que agir. Fatima.

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