Sob o comando do delegado Nivaldo Rodrigues, a polícia de Florianópolis (SC) negligenciou a apuração da denúncia de uma garota de 13 anos de que foi estuprada pelo filho de um delegado, ex-namorado dela, e pelo de Sérgio Sirotsky, ambos com 14 anos. A família Sirotsky é proprietária do Grupo RBS, que controla no sul do país 46 emissoras de televisão e radio e oito jornais.
O advogado Francisco Campo Ferreira, da família da garota, disse que teve de pedir à polícia que apreendesse os computadores dos dois jovens, embora esse devesse ser um procedimento de rotina da polícia.
A apreensão dos computadores é importante porque eles podem ter provas do crime: na internet, em uma conversa com alguém não identificado, Sirotsky confirmou ter estuprado a menina, vangloriando-se. “Eu como quem eu quero, porra”, escreveu ele no site Formspring.me.
Além de não agir por contra própria para confiscar os computadores, a polícia não sabe ao certo – ou não sabia até recentemente – quem eram algumas das pessoas que estavam no apartamento da mãe de Sirotsky no momento em que houve o estupro.
Pelo relato da garota, na noite de 14 de maio ela foi levada bêbada para um dos quartos do apartamento, provavelmente do Sirotsky, onde foi violentada, conforme atestam laudos médicos.
Ela retomou a consciência na cozinha do apartamento cercada pela mãe de Sirotsky, um homem com tatuagem e uma mulher. De acordo com o advogado Ferreira, a polícia inicialmente não tinha procurado saber a identidade duas pessoas que estavam com a mãe do garoto.
Não se sabe também – ou não se se sabia – sobre a participação de um terceiro jovem na agressão. O homem com a tatuagem seria o padrasto de Sirotsky. As investigações ocorrem sob segredo de justiça.
A polícia também não tomou a iniciativa de requisitar a gravação das câmeras dos apartamentos da vizinhança de Sirotsky. As imagens, caso tenham registrado os adolescentes, poderiam determinar com exatidão o horário em que os jovens chegaram e saíram da moradia de Sirotsky.
O delegado Rodrigues fez declarações desastradas que o obrigaram a pedir exoneração do cargo por causa das críticas que recebeu de setores da sociedade de Florianópolis, algumas dos bastidores da própria polícia.
Apesar da gravidade da denúncia da garota, que teve de receber acompanhamento psicológico, e de as investigações estarem em curso, Rodrigues confirmou ter havido a “conjunção carnal”, mas considerou a possibilidade de a garota ter dado o consentimento para o "ato".
Inicialmente, o secretário de Segurança de Santa Catarina, André Luis Silveira, defendeu o delegado com a alegação de que ele tinha sido mal interpretado. Mas ontem, domingo (11), Silveira teve de recuar e aceitou a exoneração.
O caso na polícia só evoluiu porque a delegada Juliana Gomes, que tomou o depoimento dos jovens, não se deu por satisfeita com as declarações dos suspeitos e os convocou mais uma vez para prestar esclarecimento e foi quando obteve a confissão de estupro.
Em entrevista ao programa Domingo Espetacular de ontem, da TV Record, a mãe da garota disse que a filha continua emocionalmente abalada. Informou que a jovem ainda não teve a sua primeira menstruação e que era virgem até o estupro. “Não está sendo fácil acompanhar o sofrimento dela”, disse a mãe.
O delegado cujo filho foi namorado da garota pediu licença. O Ministério Público apreendeu o passaporte dos jovens para que eles não saiam do país até que haja uma decisão judicial.
A mãe da menina afirmou não ter sentimento de vingança e que confia na Justiça.
> Com informação da TV Record.
O advogado Francisco Campo Ferreira, da família da garota, disse que teve de pedir à polícia que apreendesse os computadores dos dois jovens, embora esse devesse ser um procedimento de rotina da polícia.
Filho do Sirotsky e o do delegado |
A apreensão dos computadores é importante porque eles podem ter provas do crime: na internet, em uma conversa com alguém não identificado, Sirotsky confirmou ter estuprado a menina, vangloriando-se. “Eu como quem eu quero, porra”, escreveu ele no site Formspring.me.
Além de não agir por contra própria para confiscar os computadores, a polícia não sabe ao certo – ou não sabia até recentemente – quem eram algumas das pessoas que estavam no apartamento da mãe de Sirotsky no momento em que houve o estupro.
Pelo relato da garota, na noite de 14 de maio ela foi levada bêbada para um dos quartos do apartamento, provavelmente do Sirotsky, onde foi violentada, conforme atestam laudos médicos.
Ela retomou a consciência na cozinha do apartamento cercada pela mãe de Sirotsky, um homem com tatuagem e uma mulher. De acordo com o advogado Ferreira, a polícia inicialmente não tinha procurado saber a identidade duas pessoas que estavam com a mãe do garoto.
Não se sabe também – ou não se se sabia – sobre a participação de um terceiro jovem na agressão. O homem com a tatuagem seria o padrasto de Sirotsky. As investigações ocorrem sob segredo de justiça.
A polícia também não tomou a iniciativa de requisitar a gravação das câmeras dos apartamentos da vizinhança de Sirotsky. As imagens, caso tenham registrado os adolescentes, poderiam determinar com exatidão o horário em que os jovens chegaram e saíram da moradia de Sirotsky.
O delegado Rodrigues fez declarações desastradas que o obrigaram a pedir exoneração do cargo por causa das críticas que recebeu de setores da sociedade de Florianópolis, algumas dos bastidores da própria polícia.
Apesar da gravidade da denúncia da garota, que teve de receber acompanhamento psicológico, e de as investigações estarem em curso, Rodrigues confirmou ter havido a “conjunção carnal”, mas considerou a possibilidade de a garota ter dado o consentimento para o "ato".
Inicialmente, o secretário de Segurança de Santa Catarina, André Luis Silveira, defendeu o delegado com a alegação de que ele tinha sido mal interpretado. Mas ontem, domingo (11), Silveira teve de recuar e aceitou a exoneração.
O caso na polícia só evoluiu porque a delegada Juliana Gomes, que tomou o depoimento dos jovens, não se deu por satisfeita com as declarações dos suspeitos e os convocou mais uma vez para prestar esclarecimento e foi quando obteve a confissão de estupro.
Em entrevista ao programa Domingo Espetacular de ontem, da TV Record, a mãe da garota disse que a filha continua emocionalmente abalada. Informou que a jovem ainda não teve a sua primeira menstruação e que era virgem até o estupro. “Não está sendo fácil acompanhar o sofrimento dela”, disse a mãe.
O delegado cujo filho foi namorado da garota pediu licença. O Ministério Público apreendeu o passaporte dos jovens para que eles não saiam do país até que haja uma decisão judicial.
A mãe da menina afirmou não ter sentimento de vingança e que confia na Justiça.
> Com informação da TV Record.