Pular para o conteúdo principal

Justiça proíbe livro que atribui a morte de Isabella a um pedófilo

Perito da família Nardoni, Sanguinetti apresenta provas segundo as quais o pai e mãe da menina assassinada seriam inocentes

O juiz Enéas Costa Garcia, da 5ª Vara Cível de São Paulo, proibiu a publicação do “A condenação do casal Nardoni — erros e contradições periciais”, livro de 87 páginas escrito pelo médico e perito George Sanguinetti no qual inocenta o pai e a madrasta da menina de cinco anos e atribui o assassinato dela a um pedófilo.

Livro usa uma
boneca para contestar
as provas da polícia

Na madrugada de 27 de março deste ano, a Justiça condenou Alexandre Nardoni, 31, pai de Isabella, 5, e Ana Carolina Jatobá, 26, a madrasta, pela morte de Isabella, atirada pela janela de um apartamento de sexto andar na noite de 9 de março de 2008. O pai foi condenado a 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão em regime fechado. A madrasta, a 26 anos e 8 meses, pelo mesmo regime.

Sanguinetti foi o perito contratado pela família de Nardoni para defender a tese de que o autor do crime pode ter sido uma pessoa que invadiu naquela noite o prédio onde o casal Nardoni morava. Esse invasor seria um pedófilo, na tese do perito.

O argumento de Sanguinetti tomou como principal ponto de apoio os ferimentos encontrados na região genital de Isabella. Para a polícia, tais lesões foram causadas quando a menina foi jogada no assoalho do apartamento pela madrasta ou pelo pai, antes de ser lançada pela janela.

No livro, Sanguinetti lembra que um dos primeiros PMs vistos no local, após um vizinho ter chamado a polícia, foi o tenente Fernando Neves Braz, 34, que poucas semanas depois se matou por ter sido encontrado em sua casa material de pornografia infantil. A polícia garante que o tenente não estava na região no momento em que a menina foi assassinada.

Entre outros pontos, o perito contesta que a menina tenha sido esganada e agredida na boca e na cabeça antes de ser arremessada pela janela. Para ele, os indícios dessa violência se devem à queda do edifício.

Foi Ana Carolina de Oliveira, 26, mãe de Isabella, que moveu a Justiça para o livro ser proibido. Ela também queria que o perito fosse proibido de dar entrevista sobre o caso — pedido negado pelo juiz.

Trecho do livro:

“A provável e talvez única motivação para o crime, para que ela fosse jogada do 6º andar do Edifício London foi desviar o foco do atentado sexual. Para que não fosse descoberta as lesões na genitália de Isabella e também impedir o reconhecimento do pedófilo. Acredito que a menor estava adormecida na cama, quando o infrator baixou a calça e a calcinha e a vulnerou com toques impúdicos, dedos, manuseios, etc. Ela acorda e grita papai...papai...papai e para...para..para, como foi descrito por testemunhas que ouviram os gritos de Isabella, audíveis até no 1º andar e no edifício vizinho. Os depoentes que ouviram os gritos, testemunharam que foram minutos antes da precipitação. Na tentativa de silenciá-la, de ocultar a tentativa de abuso sexual, a menor é jogada para a morte. Quando iniciei meus trabalhos, relatei meus primeiros achados e divulguei: ‘procurem o pedófilo, procurem o pedófilo,’ mostrando a causa real da morte de Isabella. No prédio ou nas cercanias, havia alguém com antecedentes de pedofilia? Os que trabalharam anteriormente foram investigados sob esta ótica? Repito: ‘Procurem o pedófilo! Procurem o pedófilo.’”

>Com informação do site Consultor Jurídico.



Comentários

Pedro Lobo disse…
O livro de Sanguinetti é uma bobagem -- pura especulação sem nenhum indício concreto. Mas impedir que seja publicado é uma censura que deve ser rechaçada por todos que defendem a liberdade de expressão.
Anônimo disse…
A questão não seria a censura, pois querem mostrar essa versão como fato, já que foi o clamor popular que os sentenciou em definitivo. É muito fácil culpar um pedófilo, mas acho, tipo, "incoveniente" a pessoa ir ao sexto andar, com os pais por perto, forçar o abuso e matar uma garota em TEMPO RECORDE. Isso é desafiar a inteligência das pessoas, por favor.
Elisabeth Tavares de Moura disse…
Já comentei por diversas vezes neste blog, este caso é cercado de mistérios.O promotor virou estrêla, a mulher dele foi promovida.Este médico Sanguinetti não e´idiota, trata-se de um estudioso da medicina legal, que não escreveria bobagens.Por ter contrariado os peritos de São Paulo, foi execrado,disseram que ele seria processado,mas nada aconteceu.
E o advogado dos Nardoni que permitiu quatro mulheres como juradas, além de liberar a mãe de Isabela, não mandou isolar o fórum, que foi cercado por populares direcionados pela mídia,tinha até um imbecíl com uma cruz e o arrombamento da obra no fundo do prédio.
Anônimo disse…
Um estudioso de medicina legal CONTRATADO pela família Nardoni...
frise bem isso.
Anônimo disse…
Pedro Lobo!
Antes de liberdade de expressäo deve-se vizar a dor e o respeito aos familiares desta garotinha.
Näo pode existir liberdade sem respeito!
Anônimo disse…
O CASAL NARDONI se tivessem dito a verdade ? talvez estivessem soltos :

``olha nós tivemos uma discussão terrivel por causa de ciumes da minha exposa atual com a menina , as coisas foram piorando , ela agrediu a menina e eu no desespero acabei fazendo uma poucura e a joguei da janela´´

Mas eu não estava bem , na hora , eu tive um acesso de loucura etc etc

Me perdoem etc...

Com certeza estaria solto
Anônimo disse…
Independente de quem esteja certo neste caso, o que percebemos é a volta da Ditadura, onde não se pode escrever ou dizer nada que contrarie o Status Quo. Decidiram que o casal Nardoni tem que ser culpado e qq um que fale o escreva opinando qq coisa que contrarie esta decisão é rechaçado e impedido de expor sua opinião. Não estou defendendo ou acusando os Nardonis. Só não podemos virar uma republiqueta vagabunda, onde presidentes expulsam jornalistas, votam leis de mordaça e... ops!
Anônimo disse…
Do quê as pessoas tem medo? De uma verdade diferente da sua? Deixem publicar,nada temos a perder.

Wander
Anônimo disse…
Tenho medo de uma verdade diferente dos FATOS. Depois, segundo a "minha verdade", aparecerá um "pedófilo" pago ao milhão para afirmar que matou a isabella e tirar os nardoni na cadeia, quando o clamor popular diminuir.
Pedro Lobo disse…
A possibilidade (fantasiosa) de que um pedófilo seja pago para assumir o assassinato de Isabella independe da publicação ou não do livro (também fantasioso)do Sanguinetti. Nada justifica a censura.
Anônimo disse…
Independente de quem esteja certo neste caso, o que percebemos é a volta da Ditadura, onde não se pode escrever ou dizer nada que contrarie o Status Quo. Decidiram que o casal Nardoni tem que ser culpado e qq um que fale o escreva opinando qq coisa que contrarie esta decisão é rechaçado e impedido de expor sua opinião. Não estou defendendo ou acusando os Nardonis. Só não podemos virar uma republiqueta vagabunda, onde presidentes expulsam jornalistas, votam leis de mordaça e... ops!

Nada justifica a censura! CONCORDO!!!
Nada justifica a censura... CONCORDO!!! (2)

E pergunto: por que a mídia não se manifesta contra essa agressão aos direitos e a liberdade de imprensa??
Anônimo disse…
Muito certa a proibição.

Sanguinetti foi pago por Antono Nardoni para escrever esse troço aí. Esse homem não tem crédito.

Ademais, Sanguinetti não é perito e não viu o corpo da menina. É uma figura risível. Ele e a inesquecível DELMA GAMA - oh, grandes especialistas em Picaretologia!

Bem feito.
André disse…
"Ademais, Sanguinetti não é perito"

Em que mundo vc vive? O cara é professor da faculdade de medicina legal. Vc acha que perito é o quê? Muitos só têm o Ensino Médio. Procure se informar para não falar bobagens.
Anônimo disse…
este caso sensacionalista da midia encobre outros assuntos do momento, eu jamais acreditei na cara de mongol daquele promotor, tem coisas ocultas de grandes interesses envolvidos.

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Robinho: de jogador promissor a evangélico fanático e estuprador

Bíblia tem muitas contradições, mas ela pode ser útil, até para ateus

Justiça da Noruega mantém cassação do registro das Testemunhas de Jeová

Leia trecho de livro-reportagem sobre o projeto de poder de evangélicos