Steve Jobs minimiza suicídios na fábrica do iPhone

Steve Jobs (foto), 55, executivo da Apple, disse que a taxa de suicídios na Foxconn, a montadora do iPhone e iPad, está bem abaixo da média desse tipo de morte na China. A informação é do site MacStories, que transcreveu uma resposta de Jobs a um leitor.

Jobs acrescentou que, mesmo assim, a Apple acompanha com preocupação os casos de suicídio da fábrica.

Apenas neste ano, dez funcionários se mataram, além de duas tentativas. No ano passado, um funcionário se matou quando não soube dizer onde estava um protótipo de uma nova versão do iPhone.

Os trabalhadores reclamam das pressões para sustentar um elevado e desumano índice de produtividade.

A Foxconn (também chamada de Honka) emprega cerca de 420 mil pessoas só em sua fábrica de Shenzhen, cidade de oito milhões de pessoas que fica ao norte de Hong Kong.

O total chega a 700 mil trabalhadores com a soma de todas as unidades da Foxconn.

O piso salarial – pago à maioria dos trabalhadores – equivale a R$ 240, como poucos benefícios, na  comparação com a legislação trabalhista do Brasil.

Cerca de 280 mil chineses se matam por ano. O suicídio é uma das principais causas de mortalidade no país. A taxa é de 25 suicídios para cada 100 mil habitantes, contra 15 da média mundial.

A Foxconn também fabrica equipamentos para a Microsoft, Nintendo, Dell, HP e Nokia, entre outras  marcas famosas.

Algumas dessas empresas, como a Nintendo, estão pressionando a Foxconn por temer que seus equipamentos sejam associados a condições desumanas de trabalho. Começam a se intensificar os protestos contra o regime de trabalho da gigante chinesa.

A Foxconn vai reajustar em 30% nos salários para tentar conter a onda de suicídio. Parte desse aumento será repassada ao consumidor final.

Com agências internacionais.

> Suicídios na France Telecom aumentam para 46. (abril de 2010)

> Casos de suicídio.

O CVV É UM SERVIÇO DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO. TEL: 141. Atende também por e-mail e on-line.