
O pai é mais importante do que a mãe na formação da personalidade e no amadurecimento emocional dos filhos e, no entanto, está em segundo plano.
Essa avaliação é do psicanalista e professor da USP Rubens de Aguiar Maciel. Ele é um dos poucos estudiosos no país sobre a paternidade.
“Há um grande desconhecimento sobre a importância da função paterna dentro da família”, disse Maciel em entrevista à revista do IHU (Instituto Humanitas Unisinos).
Ele afirmou que a função do pai é induzir que o filho aos poucos de “desligue” da mãe para introduzi-lo na sociedade. O pai prepara a criança para conviver com as pessoas com harmonia, ressaltou.
O psicanalista disse que, quando a mãe é insegurança emocionalmente, inclusive em relação ao seu casamento, há uma tendência dela se unir mais ao filho e excluir o pai do relacionamento. “É como se ela fizesse um pacto com o filho, prejudicando, dessa forma, o desenvolvimento emocional da criança.”
Ele disse que a mãe ansiosa, a superprotetora, também prejudica o filho, tomando-o somente para si, e o pai fica ressentido. “São mulheres que, por exemplo, não tem vida social e se voltam exclusivamente para o filho, excluindo o marido do convívio emocional familiar.”
Trata-se da “alienação parental”, conforme a termologia jurídica.
Maciel afirmou que, nas últimas décadas, houve uma profunda mudança no comportamento do pai, que passou a se interessar mais pelo desenvolvimento do filho, mas que nem sempre consegue ter a mesma influência da mãe na formação da criança.
“E a ausência do pai, como modelo, pode trazer sérias consequências na formação da criança.”
Íntegra da entrevista do psicanalista.
Avó de Sean se acha mais importante do que o pai.
dezembro de 2009
Comentários
Postar um comentário