A BHA (British Humanist Association) e o biólogo e militante ateu Richard Dawkins estão promovendo na Inglaterra uma campanha contra a imposição de crenças às crianças.
O cartaz da campanha mostra duas crianças felizes e apresenta o slogan: “Não me rotule, por favor. Deixe-me crescer e escolher por mim.”
A campanha tem causado polêmica por um motivo inesperado: as fotos das duas crianças, cujos direitos de uso foram adquiridos de uma agência, são dos filhos de um cristão pentecostal, Brad Mason, fotógrafo e baterista de uma banda do conhecido cantor Noel Richards, também religioso.
Manson tem aproveitado a campanha ateísta para dar o seu recado de cristão.
“[Os ateus] estavam à procura de imagens de crianças que parecessem felizes e livres e escolheram os meus filhos, o que é irônico. No Fundo, é um elogio. Demonstra que eduquei bem meus filhos, e eles, por isso, são felizes”, disse.
Andrew Copson, um dos dirigentes da BHA, esforça-se para que a imprensa não se desvie do foco da campanha, a de que as crianças devem ser poupadas de qualquer tipo de doutrinação, religiosa ou não.
“Não importa se as crianças [da campanha] são filhos de cristãos, hindus ou humanistas. Esse é um dos pontos da campanha”, falou.
Para ele, o que todos precisam entender é que rotular as crianças de acordo com a religião de seus pais “é um atentado contra os direitos e a autonomia delas”.
Pais não deveriam impor uma religião aos filhos, diz Dawkins.
julho de 2009
Ateísmo. Publicidades polêmicas.
O cartaz da campanha mostra duas crianças felizes e apresenta o slogan: “Não me rotule, por favor. Deixe-me crescer e escolher por mim.”
A campanha tem causado polêmica por um motivo inesperado: as fotos das duas crianças, cujos direitos de uso foram adquiridos de uma agência, são dos filhos de um cristão pentecostal, Brad Mason, fotógrafo e baterista de uma banda do conhecido cantor Noel Richards, também religioso.
Manson tem aproveitado a campanha ateísta para dar o seu recado de cristão.
“[Os ateus] estavam à procura de imagens de crianças que parecessem felizes e livres e escolheram os meus filhos, o que é irônico. No Fundo, é um elogio. Demonstra que eduquei bem meus filhos, e eles, por isso, são felizes”, disse.
Andrew Copson, um dos dirigentes da BHA, esforça-se para que a imprensa não se desvie do foco da campanha, a de que as crianças devem ser poupadas de qualquer tipo de doutrinação, religiosa ou não.
“Não importa se as crianças [da campanha] são filhos de cristãos, hindus ou humanistas. Esse é um dos pontos da campanha”, falou.
Para ele, o que todos precisam entender é que rotular as crianças de acordo com a religião de seus pais “é um atentado contra os direitos e a autonomia delas”.
Pais não deveriam impor uma religião aos filhos, diz Dawkins.
julho de 2009
Ateísmo. Publicidades polêmicas.
Comentários
Quanto ao suposto de que o post foi escrito por um "péssimo jornalista", talvez essa seja a opinião de um "péssimo leitor", um ingênuo, que acredita que algo promovido por Dawkins não tem nada a ver com ateísmo.
Dawkins, aliás, o qual admiro.
Pois preste atenção nisto, rapaz: não existe nada que seja imparcial ou neutro, ainda que assim possa parecer aos ingênuos.
É assim que penso, e esta é a minha visão de mundo, que se reflete no que escrevo.
Se você discorda, sugiro-lhe que procure outros endereços, em vez de ficar aqui vomitando a sua arrogância.
Parabéns pelo sempre excelente trabalho, Paulo.
Eli Vieira
Presidente da Liga Humanista Secular do Brasil
Quanto ao q li acima, a arrogancia do leitor é incontestável, mas acho q um jornalista nnao deveria se posicionar desse jeito. Imagina se escrevo uma carta criticando a F. de SP e eles me respondem para eu ir ler outro jornal? Td bem q isso é o seu blog, mas é publico, pois esta na net. Eu tb acredito q um jornalista pode e deve ser imparcial, pelo menos em alguns casos.
O único erro de Luciano foi ter sido grosseiro em seu comentario principal
Jornalismo sério tem que ser imparcial pra que gere o que pensar e não para ser engolido já mastigado
Quanto ao titulo, tá errado sim, não tem nada de ateu no anuncio e sim liberdade de escolha.
E ao jornalista, pega leve querido, você tem que ser imparcial, seu trabalho é pesquisar e publicar, comentários é somente pro povão.
Você não pode querer dizer o que é certo ou errado, está indo contra a propria materia que publicou em seu Blog, que seria direito de escolha, ok?
1º O que acarreta em deixar pra que crianças quando crianças venham apenas escolher a sua religião quando maiores? Acarreta num equívoco educativo. Você não deixa de escolher a escola onde a criança vai estudar ou se ela vai ou não estudar, o que comer e vestir. Trata-se de escolhas que os pais fazem visando o crescimento saudável dos filhos.
Claro, tais orientações devem ser feitas com responsabilidade e esclarecimento, mas não se deixa de pensar que devam ser feitas. Aos poucos, conforme vai adquirindo capacidade de discernimento, o educando vai assumindo as suas próprias escolhas, confirmando ou não aquelas feitas pelos pais (assim NÃO SE ATENTA CONTRA A LIBERDADE DE ESCOLHA QUANDO SE ESCOLHE A RELIGIÃO DA CRIANÇA, pois não há nada que a impeça de promover tal escolha quando chegar à idade que tenha condições de fazê-lo, como em relação a outros aspectos da vida pelos quais os pais tiveram de fazer por elas as escolhas que julgaram mais acertadas).
Será que alguém pensa em deixar uma criança ter discernimento pra decidir se deve ou não frequentar escolas, se ela quer ou não estudar ou o que comer? A formação religiosa é fundamental ao ser humano e retirar isso aos filhos é ser irresponsável.
2º Toda campanha publicitária visa um fim e nesse caso o fim visível são os pais das crianças para que deixem de escolher a religião dos filhos, fazendo crer que se escolherem por elas estarão atentando contra a liberdade de escolha. O que é um sofisma e uma falácia como demonstramos sucintamente acima. Os pais têm a grave responsabilidade de decidir sobre a melhor educação que querem dar aos seus filhos e abdicar de tal papel pode acarretar as mais tristes distorções.
3º Crianças perdidas sem a mínima orientação no campo religioso, sem ter-lhes dados a chance de uma experiência religiosa acarretaria a possibilidade do aumento de ateus no mundo, é isso que tal campanha está apostando, pode crer. Afinal trata-se de uma peça publicitária de uma campanha assumidamente ateística (vide o site citado em postagem anterior).
Concordo com quem disse ser ingênuo pensar em tal desvinculação como se os promotores da campanha não a tivessem projetado para favorecer os seus objetivos militantes: é estratégia usual em campanhas com grande potencial polêmico buscar formulações menos explícitas como essa de parecer que simplesmente venha a se tratar de uma defesa contra as rotulações.
Amanda.
Portanto o título não está incorreto.
Amanda.
Porque se a criança crescer sem opressão religiosa e ainda escolher ser religiosa, o objetivo explícito na campanha foi alcançado, mas não talvez o real.
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