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Conselho Universitário é decoração na Uniban; manda o dono


O Conselho Universitário é o órgão de maior poder de decisão de uma universidade. Mas na Uniban o Conselho é uma figura decorativa, porque lá quem manda mesmo é o reitor Heitor Pinto Filho, o dono da universidade, o empresário.

A decisão de expulsar Geisy Arruda – a estudante que foi perseguida por uma turba, ameaçada de estupro e chamada de puta – foi do Pinto Filho, embora tenha sido anunciada como do conselho, com base no que teria apurado uma comissão de sindicância.

Os responsáveis pela comunicação e publicidade da universidade eram contra a expulsão. Eles sugeriram a manutenção da Geisy e a realização de seminário sobre cidadania aos estudantes.

O reitor teria ficado furioso com tais orientações, informa o jornal o Estado de S.Paulo, e determinou o sumário desligamento de Geisy do curso de turismo, em uma retaliação porque ela estava criticando a universidade na imprensa.

O tom do surpreendente comunicado da Uniban publicado no domingo em jornais de São Paulo, onde a Geisy é considerada com a grande e única vilã do tumulto do qual ela própria foi vítima, é do reitor Pinto Filho.

Formado em direito pela PUC de São Paulo, Heitor Pinto Filho nunca deu aula. Tem duas filhas do seu primeiro casamento e trigêmeos do segundo.

Ele tem pouco contato com os professores da Uniban e menos ainda com estudantes. Passa o tempo todo isolado em sua sala, que não tem computador.

A vocação de Pinto Filho são os negócios. Tanto que ele, apostando em ensino de péssima qualidade para a classe C, com baixas mensalidades, tornou a Uniban em uma das maiores universidades particulares do país.

Pessoa de ideias conservadoras, ele também já teve metido em política. Em 2002, foi candidato a vice-governador de São Paulo na chapa de Paulo Maluf – o notório político encrencado com a Justiça porque teria desviado bilhões dos cofres públicos e famoso por ter dito “estupra, mas não mata”.

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