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‘Gripe suína não teria matado tanto se o remédio tivesse sido liberado’

Se o remédio que combate o vírus da gripe suína, o Tamiflu, tivesse sido liberado para a venda em farmácias sob a prescrição médica, a doença não teria matado no Brasil até agora mais de 650 pessoas.

Andre-Ordacgy É o que afirma o Defensor Público da União André da Silva Ordacgy (foto). Ele argumenta que, como o Tamiflu só faz efeito nas primeiras 48 horas após a contaminação do vírus, o acesso ao remédio deveria ser facilitado, e não estar restrito a alguns postos de Saúde do governo.

O ministro José Gomes Temporão (Saúde) afirma que a distribuição do Tamiflu tem de ficar sob o controle governamental porque a produção do medicamento ainda é insuficiente para abastecer as farmácias.

Se tivesse havido a liberação, argumenta, ocorreria uma corrida ao antiviral, privilegiando os mais ricos. Acrescenta que, como muitas pessoas tomariam o remédio sem necessidade,  o vírus se fortaleceria mais rapidamente. 

Temporão também tem falado que a iniciativa de vender o remédio ao governo – e não ao mercado – partiu do próprio laboratório.

Para Ordacyg, a urgência da prescrição do remédio  derruba qualquer argumento contra a liberação.

O Defensor Público vai entrar com uma ação civil pública pedindo que o governo pague uma indenização de 300 salários mínimos por danos morais  para cada família de pessoa morta pela nova gripe, informa O Globo. Ele tem o apoio do Sindicado dos Médicos do Rio.

Ordacyg já tinha encaminhado em julho à Justiça ação liminar para liberar o remédio a todos os pacientes. O pedido foi negado.

A venda do antiviral vai ser liberada no começo do próximo ano porque o laboratório está aumentando a sua produção, informa o Ministério da Saúde.

“É lamentável que eles [os técnicos do governo] tenham tomado essa decisão somente agora, depois de tantas mortes”, disse o defensor. Ele observa que a liberação ocorrerá em um momento em que a contaminação já estará regredindo sob a influência da mudança do clima.

O Brasil é um dos países onde tem havido mais óbitos  pela doença. Em números absolutos, é o primeiro, com 657 mortes até o dia 29 de agosto, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Em números relativos – na comparação da ocorrência de óbitos para cada 100.000 habitantes –  está em sétimo lugar em uma lista de 15 países, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

> Diário da gripe suína no Brasil.

Comentários

Anônimo disse…
Concordo com o defensor,a pessoa só vai ao hospital quando está realmente mal,ae o medico ainda diz que é gripe comum,manda o cara para casa,na 3ª vez manda fazer o exame,o exame leva exatas 48hrs pra ficar pronto,ou seja,se tiver de morrer,vai morrer
Anônimo disse…
É um descaso total. O Min. diz que a liberação seria privilegio dos ricos, mas vi no jornal o medico dizendo para só irem ao local aqueles que tivessem com a gripe suina, como vamos saber se nem eles conforme a hora sabe. Será que a familia do Min. tambem frequenta os mesmos postos de saude da população em geral, ou entregam o tamiflu em casa.
Pai da Julia disse…
posso reproduzir esta matéria em meu blog (citando a fonte, é claro)?

parabéns pelo site.

Marcos Alexandre
http://paidajulianocdc.blogspot.com/
Rafael disse…
Pois é. Noticias como essa não deveriam existir, alias o defensor deveria procurar se informar antes.
O maior erro da midia foi soltar o nome do medicamento. Até hoje se encontra praticamente esgotado nas farmacias, q sabemos que não vendem apenas com receita médica.
O que acontecerá em 2010 (é uma gripe como outra qualquer, que terá seu ciclo em 2010) será ineficacia do Tamiflu pq a população tomou sem cuidado, selecionando cepas resistentes do vírus.
O medicamento é recomendado apenas para os casos mais graves da doença, e não para ser tomado de modo preventivo.
E dai o governo fará o que com o estoque de um medicamento ineficaz? É.. como dizem em vários sites de humor, tamo fu.. isso sim.

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