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Mãe fez com que filha odiasse o pai: 'Ele não gosta de você'

A publicitária Rafaella Leme (foto abaixo), 29, por 18 anos odiou o seu pai – “um canalha”, segundo lhe dizia dia após dia a sua mãe.

Rafaella teve de fazer terapia para descobrir que o tempo todo estava sendo manipulada pela mãe, que, por nunca aceitar a separação, falava mal do pai o tempo todo. “Ele não gosta de você”, dizia. E no entanto o pai procurou se aproximar diversas vezes da filha, mas sempre foi impedido pela mãe, até que ele desistiu.

Há três anos, Rafaela se reconciliou com o seu pai e descobriu que ele não é o mau-caráter que a sua mãe lhe dizia. O pai, que constituiu nova família, reconheceu que nunca deveria ter desistido da filha, mesmo quando ela lhe rejeitava nas conversas por telefone.

Rafaella Leme Na foto publicada pela Época, Rafaella segura firme com as duas mãos uma foto, como se ela fosse uma garotinha a mostrar com orgulho a todos quem é o seu pai e do qual não mais perderá de vista.
Rafaella, como tantos outros filhas e filhos de casais separados, foi vítima da síndrome da alienação parental, um termo criado nos anos 80 pelo psicanalista americano Richard A. Gardner.

A síndrome ocorre quando a ex-cônjuge que detém a guarda do filho cultiva nele o desprezo e até o ódio  em relação ao ex-companheiro. Como no Brasil em 95% dos casos a guarda fica com as mães, a maioria dos casos desse tipo de distúrbio mental é deflagrado por elas.

Há cada vez mais divórcios – nos últimos dez anos cresceram 43%, segundo o IBGE – e a síndrome da alienação parental, embora grave, só agora começa a ter a devida atenção da sociedade, graças, sobretudo, à reação dos pais organizados em entidades como a Apase (Associação dos Pais Separados) e a Pai Legal.

Acaba de passar pela Comissão de Seguridade Social da Câmara dos Deputados o projeto de lei 4.053/2008, de autoria do deputado Régis Oliveira (PSC-SP), que confere à alienação parental o status de crime.

Pelo projeto, quem afastar o filho do ex-companheiro ou da ex-companheira poderá pegar até dois anos de prisão. A aprovação do projeto pelo plenário é praticamente certa, só não se sabe quanto entrará em pauta.
O documentário A morte inventada, de Alan Minas, 40, mostra, por intermédio de testemunhos e depoimentos de especialistas, o efeito devastador que a síndrome pode ter nas vítimas. O próprio cineasta carioca foi mantido à distância de seu filho. “Como não encontrei voz como pai e cidadão, resolvi fazer o filme.”

No documento, uma psicóloga afirma que, para a criança, ter dentro de si a imagem de um pai morto-vivo ou de uma mãe é algo que será um problema para o resto da vida.

Quando a mãe ou o pai deflagra a síndrome
‘Esquecer’ de informar compromissos do filho nos quais a presença da outra parte seria importante.
“Esquecer’ de informar sobre consultas médicas e reuniões escolares.
‘Esquecer’ de avisar sobre festas escolares.
‘Esquecer’ de dar recado deixado por outro genitor.
Mencionar que o outro não compareceu às festas, compromissos, consultas e competições dos filhos.
Criar programas incríveis para os dias em que a crianças deverá visitar o genitor.
Telefonar incessantemente durante o período da visita da criança ao outro genitor.
Pedir para que a criança telefone durante todo o período em que a criança estiver com o pais (com a mãe).
Dizer que se sentiu abandonado durante o período em que a criança esteve com o outro genitor.
Determinar que tipo de programa o outro genitor poderá ou não fazer com o filho.
Fonte: Alexandra Ullmann, psicóloga e advogada

A morte inventada, trailer

> Publicada lei que torna crime a alienação parental. (agosto de 2010)

Comentários

Carmem Monteiro da Costa disse…
Os juízes, promotores e psicologos das varas de família devem ser indiciados pelo crime de sofrimento, pois sabem que isto acontece a gerações. Hoje existe algo mais grave é a "lacívia sexual" através de advogados bandidos,
quem detém a guarda, alega lacívia sexual, os juízes não mandam investigar através de inquérito policial, os promotores são omissos como sempre, dedicam-se apenas ao que lhes trás holofotes e notoriedade através da mídia e os psicologos das varas de família estão preocupados em matar o tempo fazendo o mínimo possível.
Anônimo disse…
Pois é Paulo! É exatamente isso que a família brasileira do menino americano Sean Goldman estäo e o "padrasto" fazendo com esta pobre criança, total Alienaçäo Parental.
O menino foi sequestrado pela mäe a brasileira Bruna Bianchi que era casada com o estadunidense David Goldman e levado para o Rio de Janeiro em 2004 para passar duas semanas. Ela näo retornou, casou-se com o brasileiro Joäo Paulo Lins e Silva de família influente que até o nome do pai da criança este mau-carater queria excluir da certidäo de nascimento para pôr o dele como pai biológico da criança e por pouco näo o fez. O pai ja luta por mais de 5 anos para recuperar seu filho, mas a (in)justiça brasileira nega, simplesmente para favorecer esta corja de "advogados" que trabalham exatamente na vara de família.
Me admiro muito em saber que a revista ÉPOCA, publicou esta matéria, sendo que a tal revistinha foi a 1ª a distorcer as informaçäoes sobre este sequestro. Só resolveu calar a boca depois que a opiniäo pública começou a dar em cima e cobrar a verdade, eu mesma fui uma das quais mandaram vários e-mails cobrando imparcialidade e verdade dos fatos.
Esta família brasileira e estes adevogados Paulo Lins e Silva (pai) e Joäo Paulo Linse Silva (filho)me däo náuseas, tenho asco de injustiça.

Abraçoa... Paulo!
Pangéia disse…
Muito triste isso ...
Ainda bem que minha mãe, também divorciada, sempre agiu de modo oposto ao dessas mães depravadas - desculpe o termo, mas são depravadas sim, pois por estarem separadas, acabam perdendo os pênis desses homens introduzidos em suas vaginas e aí ficam nessa guerrinha de jogar os filhos contra os pais.
Se o pai for mesmo um mau caráter, um arrogante, não valer o sal que come, aí vá lá, filho nenhum é cego, surdo ou tonto a essas coisas, a mãe não precisará declarar nada, o filho verá por si próprio pela convivência com o pai; agora, a mãe querer ficar jogando o filho - ou filha - contra o pai, sem deixá-lo ver por si próprio como é a índole do pai, é uma lamentável atitude dde quem ainda não é sexualmente resolvido. Se algum dia vier a me separar de minha esposa, não agirei desa forma picareta com meus filhos e tenho certeza de que ela também não agirá assim, me espelho no comportamento de minha mãe e ela no de seu pai - hoje viúvo.

Amplexos sinfônicos!

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