A menina de 12 anos estava com excesso de peso, e o endocrinologista lhe solicitou alguns exames de laboratório. No laudo do exame de urina, houve uma surpresa: foi detectada a presença de espermatozóides.
A família da garota chegou a pensar que se tratava de uma gravidez. Mas um ginecologista atestou que a menina nunca tinha tido um contato sexual. A família recorreu à Justiça contra o laboratório.
Isso ocorreu em 2003 em Contagem, a maior cidade de Minas, com 618 mil habitantes. E só agora, cinco anos depois, é que saiu a condenação do Tribunal de Justiça de Minas: o laboratório vai ter de pagar uma indenização por danos morais. A informação é do site do TJ.
A defesa do laboratório foi de que um exame pode detectar a presença de espermatozóide mesmo quando a ejaculação ocorre próxima à vulva. Também argumentou que, na época, fez um segundo exame de urina cujo laudo, entregue na casa de menina, nada revelou.
Em primeira instância, foi fixada uma indenização de R$ 5 mil, valor aumentado pelo TJ para R$ 9.300.
Para o desembargador José Antônio Braga, do TJ, o novo valor é mais compatível com os danos causados pelo constrangimento da garota e de sua família.
Comentários
Tudo bem que talvez nesse caso não chegasse a tanto, mas e em todos os outros que sempre acontecem?
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