O advogado Arthur Lavigne, do bispo Edir Macedo, faz uma ligação entre a acusação formal à Justiça pelo MP (Ministério Público) do Estado de São Paulo ao fundador da Igreja Universal e a mais nove pessoas da igreja por lavagem de dinheiro à concorrência acirrada que a TV Record tem feito ultimamente à TV Globo.
Em carta publicada hoje no blog do Macedo, Lavigne (foto) escreve: “Na verdade, a organização Globo reage contra o bispo Edir Macedo, em razão do crescimento vertiginoso da audiência da TV Record, que ameaça ou mesmo já ultrapassou a audiência da TV Globo. E com isto eles não se conformam.”
Antes, o advogado afirma que as acusações do MPE são as mesmas feitas em 1999 e que, depois de exaustivas investigações, foram arquivadas em 2006 pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a pedido da Procuradoria Geral da República.
Lavigne acrescenta que, em 1999, o que motivou as acusações do MPE foi o empréstimo que membros da igreja obtiveram no exterior para a compra da TV Record do Rio. Tal empréstimo “foi pago mediante prestações que acabaram novamente consideradas como desvio para lavagem de dinheiro”.
O advogado omite o fato de que, agora, a denúncia dos promotores de Justiça é mais ampla, envolvendo o desvio de dinheiro do dízimo para paraísos fiscais, de onde retornaram ao Brasil para ser aplicado em empresas ligadas à Universal, entre as quais a TV Record.
A exemplo do que tem feito o noticiário da Record, Lavigne, em sua carta, apresenta como antigo o que é novo: as investigações feitas nos últimos dois anos pelos promotores de justiça, com a obtenção de provas até então inéditas.
O Jornal da Record de ontem à noite acusou o Ministério Público de ter passado à Globo documentos que estavam sob segredo de Justiça. O telejornal disse que a Globo fez na noite anterior “um ataque direito e desesperado” ao Edir Macedo porque tem perdido pontos na audiência para a Record.
Lavigne encerra a sua carta com a afirmação de que as acusações ao bispo e à Universal serão arquivadas mais uma vez.
> íntegra da carta de Lavigne.
O esquema, segundo o Ministério Público
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Crivella critica ação contra Edir Macedo e mais 9
O Senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) usou o plenário da Casa nesta quarta-feira (12) para criticar a cobertura dos jornais sobre a denúncia feita pelo Ministério Público contra o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, e outras nove pessoas por suposta formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
“Gostaria de lamentar profundamente as notícias injuriosas, as calúnias, infâmias, insultos que têm sido publicados nos jornais brasileiros com relação a um processo que já correu no Supremo Tribunal Federal, que já teve sentença, e a sentença foi de inocentar.”
O senador, que é bispo licenciado da Igreja Universal, continuou afirmando que a tese defendida pelo MP não era nova. “Essa tese de que pastores tenham pegado dinheiro de ofertas, mandado para o exterior e assim financiado recursos para enriquecer, isso não é novo. Isso já foi denunciado em 1993, com denúncia apócrifa. De lá para cá, a Polícia Federal, a Interpol, o FBI, a Receita Federal e, finalmente, o Supremo Tribunal Federal concluíram que as denúncias não tinham fundamento.”
Ele disse acreditar que a denúncia não será aceita pela Justiça. “O juiz recebeu a denúncia do Ministério Público e abriu prazo para que a defesa apresente seus argumentos. É bem possível, e eu acredito que isso ocorrerá, que, quando a defesa for apresentada, essa denúncia não seja aceita.”
quem é pior. Uma coisa é certa: os dois são ateus.
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