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Chefes da Hispana controlam trabalhadores até no sanitário

Calçados Hispana
A Calçados Hispana (foto) é uma das empresas do poderoso grupo Vulcabras/Azaleia. Em 2008, o faturamento bruto do conglomerado de empresas foi de R$ 2 bilhões – um recorde.

A Hispana fica em Aracaju, Sergipe. Ela produz calçados femininos e humilhação a funcionários.

Ela acaba de ser condenada pela 7ª Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) a pagar indenização a um grupo de trabalhadores da linha de montagem por danos morais. O valor não foi divulgado.

Os trabalhadores moveram uma ação por assédio moral porque a Hispana estava restringindo a ida ao sanitário a cinco minutos e a três vezes por dia, no máximo.

Muitas vezes, um chefe de seção acompanhava o funcionário até o sanitário, para pressioná-lo a não ultrapassar o tempo estabelecido.

Se o chefe não estivesse na seção, não havia como obter autorização para sair da linha de montagem.
O constrangimento era tanto, que alguns funcionários evitavam tomar água para não precisar ir ao banheiro. A saída para beber água também era controlada.

Em cada seção, só havia um crachá para ida ao banheiro. Ele ficava em uma vassoura, e o funcionário, ao sair, tinha de substituí-lo pelo seu. Assim, o chefe e todos os demais funcionários poderiam saber quem tinha ido fazer xixi ou cocô.

Para a administração da fabrica, os funcionários ideais não deveriam ter intestinos nem sistema urinário.
A empresa já tinha sido condenada pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de Sergipe. Ela recorreu, mas o TST confirmou a sentença.

O ministro Ives Gandra Martins Filho, relator do processo no TST, disse que a vida privada (não houve da parte dele, claro, intenção de fazer trocadilho) é inviolável.

Gandra Martins observou que a empresa, ao buscar produtividade, tinha de ser razoável, de modo a “adotar medidas compatíveis com os direitos da personalidade constitucionalmente protegidos”. As informações são do site do TST.

A Calçados Hispana é reincidente.

Em janeiro de 2007, a empresa já tinha sido condenada  em ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho.

Na época, trabalhadores que não cumpriam a meta de produção eram, na frente de todos, xingados e ameaçados de demissão pela chefia.

A Hispana teve de pagar indenização de R$ 300 mil por assédio moral coletivo.

No organograma do grupo, a Hispana é controlada pela fabrica Azaleia, que é conhecida por seus anúncios publicitários.

O site da Azaleia diz que se trata de uma “marca democrática” cujo objetivo é deixar as mulheres “de todas as idades bonitas e confortáveis”.

Desde que não seja uma funcionária da Hispana, acrescenta-se.

> Casos de assédio moral.

Casos da Justiça do Trabalho.

Comentários

Fico nervoso com este tipo de empregador, tudo em nome do lucro aproveitando a necessidade de trabalho das pessoas.
Que mais funcionários se unam e denunciem este tipo de empresa e que os consumidores deixem de comprar de empresas com este perfil.
kaka disse…
Eu tambem Recebi esse Tipo de Contrangimento,pois Trabalhei la por
Duas Semanas e me Colocaram para Fora em meu Primeiro Emprego de Carteira Assinada.
Eles Idolatram uma tal de Producao , que na Verdade Nao muda Nosso salario miseravel em nada...
Carlos Augusto.....
Anônimo disse…
sou funcionário da azaléia de itapetinga-ba e garanto q por la as coisas não são diferentes...
é humilhação, pressão, e má valorização dos funcionários direto.

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