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Padre diz que a mãe da menina estuprada era contra o aborto

O padre Edson Rodrigues apresentou a sua versão sobre como o pessoal do IMIP (Instituto Médico Infantil de Pernambuco) e a ong Curumins obtiveram autorização da mãe da menina de 9 anos grávida de gêmeos para o aborto.

Ele é da paróquia de Alagoinhas (PE), a cidade da menina estuprada pelo padrasto. Em seu blog, com a data de sexta (6), escreveu cerca de 2.400 palavras sob o título “Caso da menina de Alagoinha – o lado que a imprensa deixou de ver”.

padre_Edson_Rodrigues

Ele disse que, ao se encontrar com a mãe no hospital onde estava a menina, ouviu dela que tinha assinado “alguns papéis lá”, sem saber direito do que se tratava.

“A mãe é analfabeta e não assina sequer o nome, tendo sido chamada a pôr as suas impressões digitais nos citados documentos [o da autorização do aborto]”, escreveu.

O padre afirmou que em um encontro que teve antes com a mãe ficou convicto de que ela se “mostrava totalmente desfavorável ao aborto dos seus netos, alegando inclusive que ninguém tem o direito de matar, só Deus”.

Acusou médicos e a Curumins, “de mentalidade feminista pró-aborto”, de terem manipulado a mãe para que ela mudasse de opinião.

Contou que Karolina Rodrigues, assistente social do IMIP, convenceu Erivaldo, o pai, de que a menina tinha de ser submetida ao aborto.

O pai teria dito: “A moça me disse que minha filha vai morrer e, se é para ela morrer, é melhor tirar as crianças”.

Rodrigues não escreveu, mas posteriormente houve uma reunião do arcebispo José Cardoso Sobrinho, de Olinda e Recife, com Erivaldo e este assinou documento declarando-se desfavorável ao aborto.

Os integrantes do Conselho Tutelar da Alagoinhas, segundo o padre, sempre foram, por unanimidade, contra a interrupção da gestação.

O padre se queixou de não ter tido informações sobre a menina como, por exemplo, no dia em que do IMIP ela foi transferida para um centro de mulheres com gravidez de risco – onde a sua gestação viria a ser interrompida, o que ele só soube por intermédio da imprensa.

Rodrigues dedicou boa parte do seu texto em apontar “o abuso das atitudes” de Karolina em relação a ele e ao pai da menina. Ele chegou a reclamar da assistente social à direção do IMIP.

Ao final, disse que lamenta “que as pessoas se deixem mover por uma mentalidade formada pela mídia que está a favor de uma cultura de morte”.

 

COMENTO

O relato do padre é, claro, parcial. Era de se esperar.

Ele faz relato segundo o qual a mãe da menina -- “uma analfabeta” – foi manipulada para dar ok ao aborto.

Por esse prisma,  dom Sobrinho, que chamou o pai da garota para uma reunião, também teria feito lavagem cerebral no homem de origem humilde que até então nunca tinha chegado perto de um arcebispo.

Mas o padre nem sequer se refere a esse encontro.

> Íntegra da versão do padre Edson Rodrigues.

> Caso da gravidez e aborto da menina estuprada pela padrasto.

Comentários

Anônimo disse…
este padre fala isso porque tem tolos que acreditam nele. Claro... as feministas fazem lavagem cerebral... ele não....

só digo a ele.... macaco não olha pro seu rabo.
Ora...

Estupro pra eles não é crime, não é isso que eles (padres, bispos e afins) fazem com crianças ao redor do mundo???
Anônimo disse…
estranho que pode não ser crime para ele, que não sofreu nadinha do que a garota sofreu! Vão me desculpar mais o MEU Deus não julga salvar a vida de uma pessoa abusada por um LOUCO errado. E tbm não julga um LOUCO uma pessoa lucida! Por Favor, pedimos senso para pessoas assim!
Os primeiros indicios de abusos foram por padres, estranho hein?! Pessoas assim deveriam se manter na insignificancia que se encontrar. E os que leem esse absurdo? Lamentam muito! Melhoras para a garota.
Anônimo disse…
padres pq voces nao criticam o estupro e apoia essa coitda a voltar a ter uma vida!talves porque voces tamebem apoiam a pedofilia certo!
Anônimo disse…
A QUESTÃO É??? TIRAR A VIDA DE ALGUÉM É CERTO. TIRARAM DE DUAS CRIANÇAS ( FETO É VIDA.). TENHAM UM POUCO DE LÓGICA. O QUE FALTA NESTE MUNDO É LÓGICA. UM ERRO NÃO JUSTIFICA OUTRO PIOR AINDA. BANDO DE SENSO COMUM.
Anônimo disse…
acontesse que se não fisesse o que foi feito, a menina ia morrer pois não teria esrutura pra tamanha metamorfose, sera que é dificio intender isso? se não fosse feito isso ai seria 3 vidas em vez de duas

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'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

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