O austríaco Josef Fritzl (foto), 73, declarou-se culpado “parcialmente”, como se ele pudesse ser “parcialmente” inocente de ter mantido uma sua filha por 24 anos em cárcere privado, estuprando-a durante todo esse tempo e engravidando-a por sete vezes.
O monstro assumiu que sequestrou Elisabeth, hoje com 42 anos, e que cometeu estupro e incesto, mas negou que tivesse matado um de seus filhos-netos – ele teria morrido ao nascer. Também negou a acusação de escravidão.
O julgamento do monstro incestuoso começou hoje em Sankt Poelten, a 60 km ao oeste de Viena, e deverá se estender até sexta. Na semana passada, Fritzl teria admitido ao seu advogado que está conformado em ter de passar o resto de sua vida na prisão.
Ao ser conduzido hoje pela manhã ao tribunal, ele encobriu o rosto com um caderno para não ser filmado e fotografado.
Desde abril do ano passado, quando o caso foi manchete em jornais de todo o mundo, as pessoas se perguntam o que teria levado Fritzl a se tornar em monstro que custa crer que seja humano.
No tribunal, o austríaco deu uma resposta: tudo foi culpa da mãe dele.
“Minha mãe nunca me amou; ela me maltratava muito”, disse ao juiz.
Ele tinha muito medo da mãe e a odiava porque ela o chamava de “satã, inútil e criminoso”.
Contou que aos 12 anos, quando a sua mãe tinha 54, ele começou a se defender. “A partir desse momento virei um demônio para ela”.
Consta que ele trancou a mãe anos no piso superior de sua casa, até morrer em um quarto cujas janelas foram tapadas para que não entrasse a luz do sol.
A explicação de Fritzl não convence. Porque nada justifica o que ele fez.
> Caso do monstro incestuoso.
ATUALIZAÇÃO em 18/3/2009
Nesta quarta, Josef Fritzl também admitiu ser o responsável pela morte de um filho-neto dele, que teria sobrevivido se tivesse sido atendido por um hospital após seu nascimento. Ele mudou de opinião depois de ter assistido ontem o depoimento da filha Elisabeth contando sobre o cativeiro.
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