Ocorreu há cerca de uma semana, mas só foi divulgado nesta quarta (11): Jaílson José da Silva (foto), 23, que engravidou sua enteada de nove anos, tentou se matar na prisão. Ele feriu os pulsos e o pescoço com um fio de nylon e foi socorrido por seus dois colegas de cela, ambos também acusados de estupro.
Os ferimentos foram superficiais.
Silva está desde 27 de fevereiro preso em Pesqueira, cidade do agreste pernambucano como Alagoinha, onde ele morava com a mãe da menina.
O coronel Isaac Wanderly, superintendente da penitenciária, afirmou que se Silva tivesse ao seu alcance um objeto cortante ele teria se matado.
Houve reforço na segurança para evitar nova tentativa de suicídio. Deprimido, Silva está sendo acompanhado por um psiquiatra.
A menina era abusada pelo padrasto desde os 6 anos. Ela tem uma irmã de 14 anos portadora de déficit mental, que também foi violentada.
Além de a menina ter útero imaturo e dela ser subnutrida, frágil, a gravidez era de gêmeos. Com 1,36 metro e 33 quilos, ela corria risco de morte, o que levou os médicos a interromper a gestação.
O arcebispo José Cardoso Sobrinho, de Olinda e Recife, tentou impedir o aborto. Como não conseguiu, ele, excomungou os médicos e a mãe, que deu autorização para o procedimento.
Dom Sobrinho poupou o padrasto da excomunhão com o argumento de que o aborto é mais grave do que o estupro. E o que vale, sentenciou, é a lei de Deus, não a dos homens.
COMENTO
A comparação que dom Sobrinho fez entre o aborto deste caso e o estupro só não é mais sórdida do que o ato bestial do Silva.
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