Com base em avaliação de médicos, a polícia da Suíça divulgou nesta sexta (13) que a brasileira Paula Oliveira (foto), 26, não estava grávida quando teria sido agredida por três skinheads em Dübendorf, cidade perto de Zurique. Se for confirmada essa versão, será uma reviravolta no caso.
Paulo Oliveira, pai da brasileira, disse que a polícia está tentando desviar o foco das investigações. O fato dela estar ou não grávida “não é o centro da questão”, disse ao Estado de S.Paulo “O que queremos é que a polícia descubra é quem cometeu o crime.”
O caso obteve grande repercussão no Brasil e mundo não só por causa de a agressão ter partido de três neonazistas, na versão da brasileira, mas também porque ela estava grávida, como mostram fotos pessoais, e ter perdido duas gêmeas. O aborto teria ocorrido em um banheiro público perto de uma estação de trem em Düberndorf.
Walter Bär, diretor do Instituto de Medicina Forense da Universidade de Zurique, reforçou as suspeitas da polícia de que teria sido a brasileira que passou estilete em seu corpo. “Os cortes foram realizados em locais que pode ser alcançados por ela mesma”, disse ele à BBC. “Além disso, as partes mais sensíveis do corpo feminino, como genitais e seios, não foram atingidas pelos ferimentos.”
Apesar das suspeitas, a polícia reconheceu que o atendimento à brasileira deveria ter sido feito por policiais femininas, não por dois detetives. Ontem, duas policiais fizeram uma visita de 10 minutos à brasileira para pedir desculpas.
Paula continua hospitalizada. A polícia vai ouvi-la de novo.
Comentários
Mas é muita hipocrisia do Itamaraty fazer escândalo por causa desta covardia.... o mesmo governo brasileiro fica indiferente ao sofrimento de milhões de pessoas aqui no Brasil...Por que será que realmente o governo está tão preocupado com esta vítima?? Será por que ela é VIP?? Filha de gente importante ??
O pobre cidadão no exterior se precisar de alguma ajuda, é mal atendido, não existe telefone de emergência.Todos os dias brasileiros são humilhados nos aeroportos e nada é feito.
O Itamaraty é uma ratatuia nojenta, veja a casa dos Embaixadores em Londres, Paris, E.U.A. este patrimonio devia ser vendido e estes "nobres" deveriam morar em apartamentos, como muitos representantes de nações ricas.
Ela está com muito medo de tudo, diz noivo
DA REPORTAGEM LOCAL
O economista suíço Marco Trepp, que ficou noivo de Paula Oliveira na semana passada, afirmou ontem à Folha que a recuperação psicológica depois do crime preocupa mais a família do que as consequências físicas da sessão de tortura.
Os médicos dizem que ela não corre risco de morte e, dentro de alguns meses, é provável que nem esteja mais com as marcas de estilete pelo corpo -há cortes nas pernas e barriga. De acordo com o cirurgião plástico Gustavo Duarte, do Hospital Sírio-Libanês, ela não deverá ter cicatrizes.
"Pelo que vi [por fotos], os ferimentos foram bem superficiais, tanto que não foram suturados", diz. "Eles podem deixar marcas [atualmente], mas é diferente de cortes profundos. Se ela tiver uma boa cicatrização, ferimentos superficiais como esses podem melhorar a ponto de se tornarem imperceptíveis", afirma o cirurgião. A seguir, trechos da entrevista concedida à Folha por Marco Trepp, de Dübendorf, por telefone.
FOLHA - Como está sendo a recuperação de Paula?
MARCO TREPP - Ela está numa fase de pós-trauma, com muito medo de tudo, especialmente de andar na rua. Tivemos que levá-la de volta ao hospital devido a infecções, mas não parece nada tão grave. O problema é a cabeça dela. À noite, ela está tendo muitos pesadelos. Não consegue dormir direito. Acorda suada, gritando. Estamos cercados não só de médicos, mas de psicólogos, para que ela fique mais tranquila. É uma situação muito triste.
FOLHA - Como foi atender ao telefonema de socorro?
TREPP - É tudo tão maluco... Fico triste, revoltado! Na hora, fiquei muito preocupado. Mas ela está ficando OK. Eu a pedi em casamento na semana passada. Falei: "Estamos apaixonados, vamos ser pais, está na hora de nos casarmos". As nossas filhas, que eram parte disso, foram embora, mas é claro que continuo muito apaixonado.
FOLHA - Tudo leva a crer em crime de xenofobia?
TREPP - Não quero falar sobre isso, porque não é possível saber. A polícia não nos contou o que está acontecendo, infelizmente. Foi muito pesado sofrer o que sofremos e me concentro agora em cuidar bem dela. (DANIEL BERGAMASCO e VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO)
Imprensa suíça coloca dúvidas sobre caso de brasileira agredida
BERLIM - A imprensa suíça levanta dúvidas, nas edições desta sexta-feira, sobre o caso da brasileira Paula Oliveira, que afirma ter sido atacada por três neonazistas na Suíça. Uma das publicações suíças indica, ainda, que a própria polícia de Zurique é cética sobre a versão da advogada. A maior parte das reportagens trata o assunto com cautela. Paula foi atendida pela polícia na segunda-feira com ferimentos com objetos cortantes na pele, formando a sigla do partido de ultra-direita SVP. O ataque teria ainda provocado um aborto dos bebês gêmeos que ela esperava.
O Neue Zürcher Zeitung, um dos diários de maior prestígio na Suíça, denomina o caso como o de "uma jovem brasileira encontrada com cortes no corpo" em uma estação de trem de Zurique. Como a maioria dos veículos suíços, o jornal cita a imprensa no Brasil, afirmando que o incidente tomou uma dimensão política no país, onde "está sendo considerado um ataque racista".
Interrogações marcam o tom das reportagens publicadas nesta sexta-feira na Suíça. "Como poderiam três homens atacar uma mulher por volta das 19h30, sem chamar a atenção, em uma estação de trem bem frequentada?" é uma das perguntas lançadas pela edição desta sexta-feira do diário Tages-Anzeiger, de Zurique. O jornal questiona ainda por que somente na quinta-feira a polícia convocou testemunhas, como era possível que fossem gravadas letras tão legíveis no corpo de alguém que tentava se defender, e por que nenhum neonazista teria sido percebido no bairro até então.
O diário News afirma ter sabido de "fontes internas bem informadas" que a polícia duvida da gravidez e das informações de que a mulher foi atacada por neonazistas. A polícia de Zürique não quis dar, quando questionada, informação alguma sobre o estado das investigações devido a proteção privada das pessoas e por respeito ao andamento das investigações. Já o Solothurner Zeitung intitula sua reportagem com a frase: "Teriam neonazistas torturado brasileira"?
O St Galler Tagblatt segue linha similar estampando sua manchete com a interrogação: "Brasileira grávida torturada por neonazistas?". O jornal Le Temps, de língua francesa, destaca que as informações que se conhecesse sobre o caso foram as publicadas pela mídia brasileira, a partir de relatos de parentes da vítima, já que a polícia local não divulgou detalhes. Segundo o jornal, a polícia de Zurique "conclui que as circunstâncias exatas do incidente não são claras". "E ela não pode dar nenhuma informação sobre o estado de saúde da mulher ou do andamento do inquérito por 'razões táticas'", afirma o texto.
O diário La Tribune de Genève, por sua vez, em um texto intitulado "Uma brasileira grávida foi mutilada por neonazistas", descreve como "horror" a reação às fotos de Paula com marcas pelo corpo. O jornal observa, porém, que "a polícia não confirma o depoimento da jovem". "[A polícia] ainda tem que entrevistá-la sobre os fatos e buscar testemunhas para a tragédia", diz o texto.
Foi pedida em casamento na semana passada........
Que motivos ela teria para mentir sobre o aborto ou se auto-mutilar?
Mesmo sem ter investigado, a polícia já duvidava dela e não a tratou como moradora legal daquela país.
uma pena q sua filha não conseguiu o mesmo não?
Vejam os cortes,são superficiais e milimetricamente desenhados, imagine alguém se debatendo se outra pessoa conseguiria traçar linhas retas.Vergonha para as mulheres pernambucanas.
Acho curioso o seguinte: TODO ano, turistas de várias partes partes do mundo são assassinados, assaltados, estuprados no Brasil e sempre isso se repete e o Brasil não faz NADA para que esse tipo de coisa não se repita. A moça não é turista lá, mas fica CLARO que, se tivesse sido atacada, os cortes não teriam ficado tão "certinhos", não é mesmo? Ela teria se debatido, e os cortes das pernas teriam ficado irregulares. Essa moça deve ter abortado antes, ficado traumatizada e tido essa crise nervosa, se cortado e criado essa história. Esse caso é de psiquiatria e o Itamaraty deveria se informar melhor nates de sair falando asneiras por aí, idem Lula.
É preciso investigar os interesses da emprêsa que Paulinha trabalha no porto de Suape em PE.
Agora querem fugir, mas tio Roberto Magalhães não consegue influenciar na polícia da Suissa.
Não temos o diereito de condenar quem quer que seja, cada um condena a si mesmo. Esperem e vejam!
Sou belga, cresci no brasil, estou casado com uma brasileira e estamos morrando na Europa. Os Brasileiros sao muito bem aceitos. Minha esposa esta muito bem integrada, assim como todas (e todos) as brasileiras que conhecemos... so depende do meio que voces frenquentam.. mas isso existe em todos os paises e com qualquer nacionalidade.
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