Da agência EFE
O ultraconservador bispo Richard Williamson pediu perdão às vítimas do Holocausto e à Igreja Católica por suas declarações negando o extermínio de 6 milhões de judeus.
"A todas as almas que ficaram honestamente escandalizadas com o que disse, diante de Deus, peço-lhes perdão", afirma Williamson, em comunicado distribuído pela agência católica Zenit.
Williamson é um dos quatro bispos da Sociedade de São Pio X que tiveram a excomunhão suspensa pelo papa Bento XVI. Ele está em Londres, depois de ter sido expulso da Argentina.
O sacerdote explicou que "o Santo Padre e meu superior, o bispo Bernard Fellay, pediram-me que reconsiderasse as declarações que dei a um canal de televisão da Suécia há quatro meses, pois suas consequências foram muito fortes".
Em 21 de janeiro, a TV sueca Svt exibiu a entrevista, gravada em novembro na Alemanha, na qual Williamson negava que as câmaras de gás nazistas tivessem sido utilizadas para exterminar os judeus, e afirmou que o Holocausto causou a morte de centenas de milhares, não de milhões, de judeus.
A entrevista foi ao ar no mesmo dia em que o papa assinava o decreto revertendo a excomunhão dos bispos seguidores do ultraconservador Marcel Lefebvre.
O bispo afirma que, ao falar à televisão, limitou-se a dar "a opinião de uma pessoa que não é historiador, uma opinião formada há vinte anos e em virtude dos dados então disponíveis, e que desde então havia expressado raramente em público".
Comentários
O regime Ustasha - Estado "Independente" da Croácia(NDH, em croata Nezavisna Država Hrvatska) nasceu em 1941 graças à invasão nazi-fascista na Iugoslávia durante a 2GM. O Vaticano apoiou o regime de Ante Pavelic (mistura de Torquemada e Hitler) porque desejava um império católico nos Balcãs. O regime croata(mistura de nazismo com inquisição católica) exterminou mais de 700000 sérvios (cristãos ortodoxos), 60000 judeus, 30000 ciganos e milhares de opositores. A cumplicidade da igreja católica croata com este regime sanguinário foi intensa, a ponto de padres liderarem conversões forçadas (de sérvios ortodoxos), massacres e campos de extermínio (Jasenovac, por exemplo). A crueldade Ustasha era tão grotesca que chocou até mesmo os alemães e italianos, que tiveram que dar um freio no fanatismo Ustasha. O chefe religioso Ustasha, cardeal Stepinac, foi beatificado pelo papa JP2 em 1998.
O assunto Ustasha é um grande tabu na grande mídia nacional e internacional, graças ao lobby católico.O Vaticano, através de $eu banco, receptou e lavou o dinheiro roubado pelos fugitivos do regime nazi-católico da Croácia (Ustasha) no final da 2GM, além de ajudar os Ustashas fugirem pra América do Sul, via ratlines. A cumplicidade vaticana com os croatas rendeu uma ação judicial.Advogados dos EUA, representando sobreviventes e parentes de vítimas do regime Ustasha, estão tentando processar, sem sucesso, o Banco do Vaticano
Ver site dos advogados http://www.vaticanbankclaims.com/faqs.html
As folhas do processo contra o Banco Vaticano http://www.vaticanbankclaims.com/5AC.pdf
O livro "O holocausto do Vaticano" de Avro Manhattan, aborda este holocausto
http://www.hlage.com/E-Books-Livros-PPS/Holocausto_do_Vaticano-Avro_Manhattan.pdf
A omissão da Croácia em estudos sobre o holocausto é um absurdo!
De fato, pouco se fala sobre o assunto. Fiz uma rápida pesquisa do Google Brasil e encontrei poucas coisas.
Quanto ao bispo Richard Williamson, Bento 16 sempre soube de quem se trata. Ele só não esperava que a suspensão da excomunhão do bispo fosse provocar tanta reação.
Abs.
Você poderia publicar documentário sobre a Ustasha?? http://www.youtube.com/watch?v=pWGyTPu6UDE
veja as fotos!
http://anticlerical.multiply.com/photos/album/17/Croacia_Ustasha-NDH
http://anticlerical.multiply.com/photos/album/9/Slovakia_clerofascista
Postar um comentário