A polícia indiciou nesta sexta (24) o pai de Eloá, o ex-cabo da PM Everaldo Pereira dos Santos, por uso de documentos falsos, falsidade ideológica e porte ilegal de arma.
O pai da adolescente de 15 anos que foi morta pelo ex-namorado, o Lindemberg Alves, estava foragido havia cerca de 15 anos de Alagoas, onde foi acusado de pertencer a uma gangue de assassinos de aluguel. Everaldo é suspeito de ter matado pelo menos cinco pessoas, incluindo a sua primeira mulher, Marta Vieira.
Everaldo fugiu de novo.
A sua primeira fuga foi em 1993. Ele se instalou em Santo André e, com o nome de Aldo Pimentel, arrumou emprego em empresa de segurança. Em seu apartamento, foi encontrada uma espingarda calibre 22.
Ele estaria negociando a sua apresentação à polícia com a condição de que não seja transferido para Alagoas, onde, conforme disse antes de desaparecer, seria morto por saber de matar.
Nesta sexta-feira, em Maceió, o juiz Marcelo Tadeu, da Vara de Execuções Penais de Alagoas, falou que, se Everaldo voltar ao Estado, há “70% de chances de ser morto” por mandantes dos crimes que cometera.
Juiz respeitado e polêmico, disse: “Qualquer ‘babaca’ sabe que o sistema penitenciário não dá segurança”. Para ele, a Polícia Federal deveria assumir o caso, de modo a garantir a vida de Everaldo e pôr na cadeia muita gente importante de Alagoas.
Como era esperado, também foi indiciado Lindemberg Alves, 22, pela morte de Eloá, tentativa de homicídio da amiga da adolescente (Nayara Rodrigues), disparo de arma contra um PM e cárcere privado.
O indiciamento tinha de ser feito até hoje. Sem ele, Lindemberg obteria o direto de responder à Justiça em liberdade.
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