O padre britânico William Green (foto), 67, admitiu à Justiça nesta terça (19) que nas décadas de 70 e 80 abusou sexualmente de 27 crianças, entre 8 a 16 anos. Ele foi professor de educação física do Colégio St Bede, em Manchester, e também de outras escolas, informa a BBC Brasil.
Até o final deste ano, a Justiça anunciará uma condenação para ele.
Entre outras acusações, o padre é apontado por abusar de pelo menos nove meninos com menos de 16 aos por 33 vezes, mas, desses casos, Green reconheceu 27 casos.
Sobre o julgamento de Green, a hierarquia da Igreja Católica diz o óbvio. "A preocupação é sempre com as vítimas”, afirmou um porta-voz da igreja na Grã-Bretanha.
Por mais de vinte anos o padre Green – um dos muitos crápulas que falam em nome de Deus, e não só para os católicos – aproveitou-se sexualmente de crianças e é impossível que em nenhum momento a hierarquia religiosa não tenha desconfiado das práticas do pervertido.
A verdade é que a hierarquia católica foi, sim, conivente com os abusos sexuais praticados pelos seus sacerdotes, e uma das explicações é o fato de a própria hierarquia estar contaminada pelos pedófilos. Sem falar do comprometimento emocial entre eles decorrente de relacionamentos homossexuais.
Os casos de padres safados são inúmeros e em diversas partes do mundo, e não se tem informação de que alguns deles tenham sido excomungados.
Se o pedófilo já é um ser abjeto, o padre sacana é mais abjeto ainda, porque ele se coloca como porta-voz de Deus, vomita normas de conduta, diz aos fiéis o que é certo e o que é errado.
E aí vem o cardeal brasileiro d. Cláudio Hummes, prefeito da Congregação para o Clero, e diz que a imprensa exagera na divulgação dos casos de padres pedófilos.
Se é para dizer coisas desse tipo, d. Cláudio deveria manter-se de boca fechada, em respeito ao sofrimento das vítimas dos padres safados.
ADENDO
No dia 13, a Arquidiocese de Chicago, EUA, fez um acordo com vítimas de padres pedófilos para que desistissem de processos que tramitam na Justiça há mais de dez anos. Para tanto, a igreja pagou 12,6 milhões de dólares a 16 pessoas. Uma delas, Therese Albrecht, diz ter sido violentada por um padre dos 8 aos 11 anos.
Comentários
O que sente-se perante estas perversidades "católicas" é um sentimento de indignação e revolta.
Elas são "católicas" pois a Igreja foi conivente com elas,é fácil provar que houve encobrimento e segredo até serem publicitadas.
É algo que abala a Igreja Católica,também pela falta de atitude condenatória da hierarquia,como que pressentindo-se assim que ela "aprovou" e consentiu...
É mais uma das vergonhas desta instituição secular,mas quando a fé está em crise,e já há muito tempo,não é para admirar...
Abraço Paulo,
joao
2-)Vc pode provar que a hierarquia da Igreja esta contaminada com pedófilos?? Ou que a hierarquia da Igreja é conivente com pedófilos??
3-)Vc já ouviu falar de "Ultraje a culto" e em "calunia e difamação"?? Eu acho que não, pq senão não teria escrito uma frase criminosa dessas.
4-)Vc pode não acreditar, e isso de fato acaba sendo para mim indiferente, mas, a Igreja se esforça sim para tirar do seu meio pessoas ruins como pedófilos e etc. Ela se esforça MUITO mais que os Conselhos de pediatria dos CRM(s). Mas, falar de pediatras pedófilos não da tanta audiência como falar de padres... É a vida.
1) Meu caro: não disse que a hierarquia da Igreja Católica não tenha desconfiado das atividades do sacana William Green. Ressaltei justamente o contrário: “... é impossível que em nenhum momento a hierarquia religiosa não tenha desconfiado das práticas do pervertido.” Você considera a possibilidade de que a própria igreja tenha colhido provas das perversões do Green. Mas precisou de tanto tempo? Mais de vinte anos?
2) A Igreja Católica evitou, sim, expor o problema da pedofilia entre os seus sacerdotes, para tentar preservar a imagem da instituição. O próprio caso do safado do Green serve como exemplo disso. Informe-se melhor e saiba do episódio – entre tantos - do bispo francês Pierre Pican que foi processado por ter acobertado (sem duplo sentido) o padre pedófilo René Bissey. O Vaticano só assumiu publicamente a existência do problema depois que explodiram os escândalos nos Estados Unidos, onde centenas de crianças foram abusadas por padres, e a Igreja Católica, lá, está tendo de pagar às vítimas e a seus familiares bilhões de dólares de indenização. Acha pouco? E a hierarquia da igreja está, sim, infiltrada por pedófilos: faça uma pesquisa no Google (em inglês) e encontrará vários bispos (alguns tiveram de deixar a batina) acusados de pedofilia.
3) Ora, tenha paciência, não me fale de “ultraje a culto”, porque não cultuo religião alguma. Quem ultraja o culto (o cristão, no caso) são os padres pervertidos, sacanas, abusadores de menores. São, pela perspectiva cristã, os sacerdotes do demônio.
4) Veja só: você me acusa de denunciar com leviandade a pedofilia na igreja, e eu mostrei que as comprovações são muitas, abundantes. O que, aliás, qualquer um relativamente bem informado sabe. Mas você faz alusão aos pediatras pedófilos e não apresenta uma única prova. Se sabe de alguma coisa, por que não denuncia? E é mentira que a imprensa não tem tratado do assunto. O caso do médico Eugênio Chipkevitch foi amplamente divulgado. Talvez não haja entre os pediatras tantos pedófilos quanto entre os padres. Se houver, prove!
Finalizando: o problema da pedofilia na Igreja Católica é grave e o católico que se nega a aceitar tal fato é conivente com os pervertidos. É o seu caso, caro leitor.
Os bispos de 29 estados têm enfrentado processos para reparar danos de vítimas de abusos sexuais da parte de padres católicos. A igreja já pagou pelo menos 60 milhões de dólares em condenações judiciais e acordos feitos fora dos tribunais. (fonte: "The Providence Sunday Journal, de Rhode Island).
Lamento profundamente que católicos sinceros sejam obrigados a encarar esta dura realidade _ a igreja católica está numa profunda crise _ até muitos dos seus lideres não são bons exemplos para ninguem, não só devido à pedofilia, como declara a revista "Sábado".
imbecís e nojentos
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