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Filho espanca pai deficiente até a morte

Na madruga deste sábado, na periferia de Maceió (Alagoas), Silvânio dos Santos Silva, 39, espancou até a morte o seu pai, João Ferreira da Silva, 68, aposentado e portador de deficiência – ele perdeu os movimentos das pernas em conseqüência de um acidente.

A história é mais ou menos previsível: o filho sempre foi agressivo para com pai, há um histórico de maus-tratos. E os dois viviam em atritos, segundo relato da Agência Estado.

Lena, a filha, não soube explicar à polícia a causa da desavença desta vez, mas pouco importa qual seja o motivo, porque nada justifica, claro, bater no pai e menos ainda matá-lo. A covardia e a bestialidade são primas de primeiro grau.

A agressão aos idosos (pessoas com mais de 60 anos, pelos critérios estatísticos) é mais comum do que se pensa e sua ocorrência cresce na proporção que aumenta a população dessa faixa etária.


O Brasil tem cerca de 18 milhões de idosos e pelo menos 12% deles já sofreram algum tipo de violência, física e psicológica, aponta pesquisa feita em oito cidades no ano passado pelo professor Vicente Faleiros, da (UnB) Universidade de Brasília.

Dos casos de violência, 54% partiram dos filhos dos idosos. A maioria das vítimas são mulheres, na proporção de 60%.

> Brasil envelhece com mais rapidez do que se previa.

> Direitos do Idoso.

Comentários

João disse…
Paulo,

É uma cultura familiar de falta de respeito pelos mais velhos o que impera na sociedade actual.

Basta reparar amigo,que quando os mais velhos terminam as suas vidas profissionais o que acontece com eles,deixam de ser considerados produtivos e tratados como inúteis.

Acho também que as pessoas nestas idades devem de ser mais interventivas na vida,saberem defender os seus direitos e agir com mais determinação.

Abraço Paulo,uma boa noite de sábado,
joao
Paulo Lopes disse…
Concordo, João.

Se antes havia um reverência excessiva em relação aos mais velhos, de modo a atrapalhar o diálogo entre as gerações, agora os jovens cada vez mais desrespeitam os idosos.

A questão é complicada, porque esses jovens deveriam ter aprendido a respeitar os mais velhos justamente por aqueles que hoje são suas vítimas, seus pais e avós. E os agressores de hoje serão os agredidos de amanhã.

É um círculo vicioso que só se quebrará com a tolerância e sobretudo com a aceitação do outro. O que não será fácil nestes tempos pós-modernos, em que cada indivíduo se acha o centro do universo.

Abraço e bom fim de semana.
João disse…
Paulo,

Não está fácil o ambiente social,económico e cultural para haver o respeito e aceitação do outro como ser humano igual a nós,digno de ser considerado.

Costumo pensar que para isso acontecer,teremos que parar e abrandar.
Parar e abrandar em competitividades agressivas,stresses cansativos,materialismos inúteis e desenvolvermos outros valores,os humanos,os do sentimento,afecto e tranquilidade.
Como vê Paulo,tarefa difícil de retroceder nesta engrenagem actual imparável...

Obrigado e bom fim de semana igualmente amigo,em Paz e saúde,
joao
Anônimo disse…
Queria ver se quem espanca pessoas idosas iria gostar tambem de apanhar, nos e que nao estamos la para espancar um delinquente desses que espancam idosos, com motivos eles nao pensam que tambem podem ficar velhos e pagar pelo que fazem, porque nao vao bater em alguem do tamanho deles.

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