No dia 6 de agosto de 2006, um domingo, sobrinhos da aposentada Maria José Neves, 72, foram ao necrotério do Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, Rio, vestir o corpo dela para o enterro no dia seguinte. Maria tinha morrido naquele dia, conforme atestado de óbito assinado pelo médico Luciano Barboza Sampaio.
Os rapazes levaram um susto ao descobrir que, dentro do saco de cadáver, Maria respirava – ela estava viva.
Às pressas, ela foi levada de volta ao hospital, mas desta vez morreu de verdade. Se não tivesse sido declarada morta e continuado a receber cuidados médicos, a aposentada provavelmente teria sobrevivido.
Ontem, dois anos depois, o juiz Marco Augusto Ramos Peixoto, da 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, Rio, condenou o médico Sampaio a um ano e quatro meses de detenção em regime aberto. Mas ele não ficará preso: a pena foi substituída por 487 horas de serviços à comunidade.
Além disso, Sampaio vai ter de indenizar os herdeiros da aposentada em R$ 100 salário mínimos (R$ 41.500).
O juiz escreveu em sua sentença que o médico foi desatento com a “regra técnica de sua profissão”, dando como morta uma pessoa vida, “encaminhando-a a necrotério, onde permaneceu ensacada como um defunto, ainda viva e em pânico”.
Uma das beneficiadas será a dona-de-casa Maria José dos Santos, filha de criação da aposentada. Ela não compareceu ao enterro da mãe por causa de uma crise de hipertensão. "Fizeram um absurdo!"
Comentários
Médico assim como outras profissões (quem trabalha no direito), simplesmente não são presos e vivem na desgraça alheia, OU SEJA, CARNICEIROS!
Picasso
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