Foi neste sábado em que o papa Bento 16 pediu desculpas pela primeira vez pelos padres pedófilos da Austrália, país que ele visita desde o dia 12, em sua mais longa viagem até agora. A informação é da Reuters.
Em uma homilia, disse: “ Eu sinto profundamente pela dor e sofrimento que as vítimas passaram e eu as asseguro de que, como seu pastor, eu também divido seu sofrimento", disse o papa”.
Admitiu que os casos de padres pedófilos registrados naquele país são uma “vergonha que nós todos sentimos” e que os “responsáveis por esse mal devem ser levados à Justiça”.
Os sacerdotes pedófilos só se tornaram um grande problema da Igreja Católica porque por muito tempo a hierarquia do Vaticano evitou encarar a questão de frentes, temendo um desgaste de imagem, o que, mesmo assim, acabou havendo.
Na Austrália, como em outros países como os Estados Unidos, alguns bispos são acusados de acobertarem os pedófilos.
Parentes de vítimas não se sensibilizarem com a homilia do papa. “Um pedido de desculpas remoto não chega perto do peso de um pedido de desculpas direto e pessoal”, disse à Reuters Anthony Foster, que tem duas filhas que foram estupradas por um padre.
O papa deveria incentivar um debate não só entre os sacerdotes, mas também entre os fiéis para se concluir por que nos últimos dez anos tem havido tantos casos de padres pervertidos.
Pedir desculpas não só é fácil como também é uma obrigação. Não fazê-lo, depois de tudo que veio à tona, seria um absurdo.
O papa retorna ao Vaticano na segunda e aí ele começará a se preparar para a próxima viagem, quando de novo pedirá.... desculpas.
ATUALIZAÇÃO
No domingo (20), um dia antes de encerrar sua visita à Austrália, o papa recebeu quatro pessoas que foram vítimas de abuso sexual cometidos padres daquele país. Não foram divulgados o sexo e a idade das vítimas.
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