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Leitor faz observação sobre o emprego do pronome ‘algum’


Como há leitores que reclamam que baixei (ou “abaixei”, tanto faz) o nível do blog ao recorrer ao sensacionalismo (mas fazer o que se o caso Isabella e o do monstro austríaco me comoveram?), aproveito e-mail de Clayton Ávila Alves para mudar um pouco o assunto. Ele faz uma observação na gramática de um texto que transcrevi no blog:

Ao cumprimentá-lo, faço referência à frase extraída do depoimento da mãe da menina Isabella Nardoni, Ana Carolina de Oliveira, publicado na matéria “Perícia tenta descobrir se roupa com sangue é do pai de Isabella”:

“Na entrevista, a primeira que concede, Ana não acusou diretamente ninguém de ter assassinado a sua filha. Em momento algum ela cita o nome do ex-marido ou da atual mulher dele, a estudante de direito Anna Carolina Jatobá, 24.”

Trata-se do equívoco que as gramáticas contemporâneas fazem, colocando o pronome algum para tornar frases negativas. O dito pronome tem valor negativo associado à negativa de reforço nenhum, que, na linguagem coloquial, não faz uma segunda negação, mas implicitamente a inclusão - nem uma só, mas qualquer de todos. Caso contrário, uma frase do tipo não tem nada seria a negação de nada, ou seja, tem algo, e assim caracterizaria o reforço como uma nova negação.

Não tem nada = não tem (o que seja) nada; ou seja,
Tem alguma coisa.

> Íntegra do e-mail de Clayton Ávila Alves.

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No primeiro dia de julgamento, Breivik fez saudação romana O cristão fanático Anders Behring Breivik (foto), 33, disse nesta quarta-feira (18) em Oslo que a Justiça deveria absolvê-lo ou condená-lo à morte. Em julho de 2011, o norueguês matou 77 pessoas em um protesto contra a imigração na Europa, principalmente a dos muçulmanos. Hoje foi o terceiro dia do seu julgamento.  Ele disse que uma condenação à prisão para ele é “patética”. Na Noruega, não há pena de morte e a condenação máxima é de 21 anos de prisão. Apesar disso, Breivik deverá ficar preso para sempre porque é certo que será considerado formalmente pela Justiça como perigoso para a sociedade. "Se você abraça a morte antes de entrar em ação, você fica dez vezes mais forte", disse Breivik. "Eu abracei a morte." Ele reafirmou que em 2011 foi um dos fundadores do um grupo batizado de Cavaleiros Templários. Quando ele foi preso, disse que o grupo se chamava “Novos Pobres Cavalheiros de Crist