O engenheiro eletricista austríaco Josef Fritzl (foto), 73 anos, por 24 anos manteve em cativeiro a sua filha Elisabeth, 42, da qual abusava sexualmente. Ele teve com ela 7 filhos. Um deles morreu ao nascer e três ficaram no cativeiro com a mãe. Os outros três ele assumiu como, veja só, "filhos adotivos", sem que a sua mulher soubesse de quem na verdade se tratava
Fritzl teria trabalhado na construção de uma usina no Brasil, na década de 70.
O monstro confessou tudo à polícia (pelo menos se supõe), mas para mim neste caso alguns pontos ainda precisam ser aclarados. Custa-me aceitar, por exemplo, que durante tanto tempo a mulher de Fritzl, a Rosiemarie, não tinha desconfiado de nada.
Fritzl dizia a sua mulher que a Elisabeth tinha fugido de casa por ter sido atraída por uma dessas seitas de malucos. Até aí, dá para acreditar. Mas por que Rosiemarie não procurou saber por conta própria do paradeiro da filha? Por que não procurou a polícia? Por que não enfrentou o autoritarismo do seu marido ao menos uma vida na vida?
O cativeiro ficava no porão da residência do casal. Mesmo que a Rosiemarie não tivesse acesso a ele (Fritzl falava que era seu atelier e lá ninguém podia entrar), será que ela nunca tenha escutado algum barulho de Elisabeth ou de um dos três filhos da relação incestuosa que ali estavam?
Um dos inquilinos de Fritzl, Alfred Dubanovsky, disse que às vezes escutava barulhos estranhos, e a explicação que obteve do engenheiro foi de que se tratava de ruído do sistema de aquecimento de gás.
Aliás, outro fato incrível, Dubanovsky morou na casa de Fritzl por 12 anos e não percebeu nada de estranho no comportamento do engenheiro. Detalhe: em 20 anos, passaram pela casa cerca de 100 inquilinos.
Rosiemarie é vítima de uma história de horror e não seria o caso, agora, de incriminá-la de nada.
Mas é preciso que se evidencie que sempre que alguém se torna em monstro (e os exemplos são tantos) é porque contou com a negligência ou passividade ou mesmo com a conivência ou parceira de uma ou várias pessoas.
O monstro só consegue ser o que é por muito tempo quando tem, no mínimo, a complacência de vistas grossas.
Fritzl teria trabalhado na construção de uma usina no Brasil, na década de 70.
O monstro confessou tudo à polícia (pelo menos se supõe), mas para mim neste caso alguns pontos ainda precisam ser aclarados. Custa-me aceitar, por exemplo, que durante tanto tempo a mulher de Fritzl, a Rosiemarie, não tinha desconfiado de nada.
Fritzl dizia a sua mulher que a Elisabeth tinha fugido de casa por ter sido atraída por uma dessas seitas de malucos. Até aí, dá para acreditar. Mas por que Rosiemarie não procurou saber por conta própria do paradeiro da filha? Por que não procurou a polícia? Por que não enfrentou o autoritarismo do seu marido ao menos uma vida na vida?
O cativeiro ficava no porão da residência do casal. Mesmo que a Rosiemarie não tivesse acesso a ele (Fritzl falava que era seu atelier e lá ninguém podia entrar), será que ela nunca tenha escutado algum barulho de Elisabeth ou de um dos três filhos da relação incestuosa que ali estavam?
Um dos inquilinos de Fritzl, Alfred Dubanovsky, disse que às vezes escutava barulhos estranhos, e a explicação que obteve do engenheiro foi de que se tratava de ruído do sistema de aquecimento de gás.
Aliás, outro fato incrível, Dubanovsky morou na casa de Fritzl por 12 anos e não percebeu nada de estranho no comportamento do engenheiro. Detalhe: em 20 anos, passaram pela casa cerca de 100 inquilinos.
Rosiemarie é vítima de uma história de horror e não seria o caso, agora, de incriminá-la de nada.
Mas é preciso que se evidencie que sempre que alguém se torna em monstro (e os exemplos são tantos) é porque contou com a negligência ou passividade ou mesmo com a conivência ou parceira de uma ou várias pessoas.
O monstro só consegue ser o que é por muito tempo quando tem, no mínimo, a complacência de vistas grossas.
ATUALIZAÇÃO em 3/5/08 - De acordo com a Der Spiegel, Elisabeth disse que sua mãe não tem nenhuma culpa por ter ficado 24 anos no cativeiro. A revista alemã obteve a confirmação da Elisabeth de que ela, nesse tempo todo, só recebeu alimentos do pai, nunca da mãe. Disse que nos primeiros 9 anos do seqüestro ficou confinada a um quarto e só após é que seu pai construiu outros aposentos.
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