O tenente da reserva José Vargas Jiménez revela em seu livro “Bacaba – Memórias de um Guerreiro de Selva da Guerrilha do Araguaia” (Editor do Autor, Campo Grande, MS) que soldados do Exército brasileiro decapitaram em 1973 o guerrilheiro Arildo Valadão. Ainda que involuntariamente, Jiménez desmente, assim, a versão oficial de que o Exército não fazia decapitação.
O livro foi editado em 2007 e trechos deles são reproduzidos em sites e blogs. Hoje, o Estadão publica reportagem sobre o assunto, de autoria do jornalista Leonencio Nossa. Procurado pelo jornalista, o Exército não quis se manifestar.
Jiménez dedica o livro “a todos os militares que morreram na Guerrilha do Araguaia defendendo a Pátria contra o Partido Comunista do Brasil, que queria impor, à força, através da luta armada, o regime comunista no Brasil”.
Para escrever o livro, Jiménez usou documentos secretos aos quais teve acesso em 1990 para pleitear a medalha do Pacificador, comenda que o Exército concede a soldados que lutaram contra a guerrilha. Jiménez, que na época da guerrilha era sargento e usava o codinome “Chico Dólar”, obteve a comenda.
A publicação em seu livro de documentos secretos desmente outra versão oficial segundo a qual não existem nos arquivos do Exército documentos secretos sobre a operações contra a guerrilha.
O Estadão informa que o Exército arquivou em janeiro uma sindicância para apurar o vazamento dos documentos, cuja autenticidade não foi negada.
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