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Pro Teste constata que guaranás têm micróbios


A Pro Teste Associação Brasileira do Consumidor, que tem mais de 200 mil associados, em junho deste ano comparou a qualidade de 22 refrigerantes de guaraná (18 com açúcar e 4 diet ou light), em garrafa de dois litros, e descobriu que a maioria deles (incluindo os de marcas famosas, como o Antarctica) está contaminada por micróbios, como bolores e leveduras. Os poucos guaranás que não apresentavam microorganismos são de pequenos ou médios fabricantes.

A desrespeito para com os consumidores vai mais longe.

Veja só: a poderosa Ambev, detentora da marca Antarctica, em vez de contestar a pesquisa e expor as suas razões, recorreu à Justiça para impedir a divulgação dos resultados da pesquisa do Pro Teste. Ou seja, a empresa quer impor a censura à pesquisa, como se as pessoas não tivessem o direito de saber o que consomem.

Em primeira instância, a Justiça de São Paulo negou o pedido da Ambev, mas o fabricante teria sido atendido em segunda instância. Até momento em que escrevo, a Pro Teste não recebeu nenhuma intimação da Justiça, e a pesquisa continua disponível no site da entidade, em arquivo pdf, no endereço http://www.proteste.org.br/private/44/447401_Attach.pdf

A pesquisa comparativa levou em consideração a veracidade das informações e nitidez da rotulagem, análises nutricionais (quantidade de açúcar), quantidade de cafeína e de outras substâncias, análise de presença de microorganismo, e degustação.

Algumas constatações da pesquisa:

> Em treze guaranás foram encontrados bolores e leveduras e em cinco, mesófilos.

> Na avaliação da Pro Teste, a contaminação dos refrigerantes por microorganismos deve-se à higiene ineficiente no processo de industrialização. Ainda que, com isso, a saúde do consumidor não seja afetada, a degradação da qualidade das bebidas ocorrerá com mais rapidez.

> Verificou-se enorme diferença de preço nos locais visitados pelos pesquisadores do Pro Teste. Entre as marcas mais conhecidas, o Dolly apresentou o menor preço (R$ 1,09) e a Antarctica, o maior (R$ 3,35).

> A maioria dos rótulos apresentam informações incompletas ou incorretas. Por exemplo: o rótulo do Kuat, em sua versão com açúcar, usa cores fortes que dificultam a leitura.

> No rótulo das marcas Del Rey, Indaiá e Tobi não havia instrução de como conservar a bebida.

> O Dolly, Convenção e Frevo apresentaram quantidade a mais de carboidratos em relação ao que informam no rótulo, em proporção que de 5 a 11 gramas.

> As informações de refrigerantes diet/light não corresponderam aos resultados de laboratórios. O Kaut Zero apresentou a maior disparidade: tinha 12% a mais de ciclamato, 88% a mais de sacarina e 55% a menos de aspartame.

> Os guaranás lights têm excessiva quantidade de edulcorantes e os tradicionais, açúcar demais. A entidade adverte que produtos com edulcorantes devem ser consumidos com moderação pelas crianças.

> O Pro Teste recomenda moderação no consumo de guaraná e refrigerantes em geral.

> Site da Associação Pro Teste.


> Defesa do consumidor.
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