Pular para o conteúdo principal

Talent diz que não quis comparar blogueiro com macaco


João Livi, diretor de Criação da Talent, enviou e-mail com a informação de que não foi intenção da campanha do Estadão comparar os bloqueiros com macaco adestrado no “copia e cola”. Tal comparação, diz ele, “seria extremamente incoerente, já que o Estadão sabe que os blogs não só fazem parte da sociedade como do próprio Grupo Estado”.

Transcrevo o e-mail:



AGORA QUE VOCÊ JÁ LEU A VERSÃO DO GENERAL CUSTER,
LEIA A DOS ÍNDIOS.

Nos últimos dias, vimos reverberar na blogosfera ataques e defesas à nova campanha do Estadão, feita pela Talent. Tudo começou nos blogs de publicidade e nos pegou totalmente de surpresa, principalmente por que o subtexto que foi espalhado por aí, de que o Estadão é contra os Blogs, não foi colocado em nenhuma das peças da campanha. Isso seria extremamente incoerente, já que o Estadão sabe que os blogs não só fazem parte da sociedade como do próprio Grupo Estado. Sendo assim, vamos analisar a questão mais de perto pra saber se houve alguma falha na comunicação da campanha.

Os filmes começam com uma vinheta , World Wierd Web, que já identificam o propósito de fazer humor com a parte estranha, sem noção, da web. No filme em que o rapaz lê o blog de economia do Bruno, o cientista diz que o macaquinho já está copiando e colando textos pela web. É impressionante, mas a reação que esperávamos dos blogueiros é exatamente contrária ao que aconteceu.

Quantas vezes, você blogueiro já não encontrou seu texto por aí, fora de contexto, faltando partes e sem os créditos? No outro filme da campanha, dois ruivos colocam informações mentirosas na internet pra sair ganhando alguma coisa. As meninas que são enganadas pelo hoax nunca falam que encontraram essas informações num blog e, do outro lado, um dos ruivos diz apenas "pronto, tá na net". Nesse caso, nada de blogs. Na mídia impressa acontece algo parecido, apenas um do três anúncios diz abertamente "Blog", os outros dois usam os termos "página" e "site".

Desta forma , nós posicionamos o estadao.com em linha com a proposta de credibilidade, conteúdo de qualidade e compromisso do Grupo Estado. Os sites, blogs, veículos e pessoas que freqüentam o lado “luz” da internet , obviamente, não devem se sentir atingidos por uma crítica ao lado “escuro” do ambiente virtual, da mesma forma que um bom jogador de futebol não deve se sentir desvalorizado por ter um colega perna-de-pau ou quebrador de joelhos. Ou será que os publicitários que primeiro criticaram nosso trabalho consideraram uma campanha difamatória aos publicitários o fato de um dono de agência ganhar as manchetes por servir de intermediário na distribuição de fortunas em verbas públicas? Alguém em sã consciência pode defender incondicionalmente todo o conteúdo da internet , com seus hoaxes , pegadinhas, pornografias, ideologias escondidas, baixarias, falsos gurus, falsários, tomadores de dinheiro e tempo, Maranhão do Sul na Wikipedia, alterações da história e interesses privados disfarçados de clamor do internauta?

No seminário da Microsoft este ano, em Cannes, os dados apresentados levaram a uma inconteste conclusão: a de que a internet, como as regiões de uma cidade, vai se dividir em duas. Uma útil, crível , inteligente, prestadora de serviço, informativa e confiável. Outra que é como uma rua escura e sem policiamento: vai quem quer, sob seu próprio risco. Vamos sempre promover o estadão.com como parte da primeira metade.

Separar o joio do trigo na internet deveria ser do interesse de qualquer cidadão de bem.


João Livi
Diretor de Criação- Talent
joaolivi@talent.com.br


Pois é, Livi. A Talent planejou passar uma mensagem e a que chegou aos blogueiros foi outra. Esse tipo de equívoco ocorre com freqüência em comunicação de massa, talvez mais em publicidade, em comparação com o jornalismo. No caso do Estadão, a campanha caiu num contexto de rivalidade boba entre os blogs (a “nova mídia”) e os jornais (a “velha mídia”), daí o barulho que houve na blogosfera. Rivalidade boba porque os blogueiros não produzem conteúdo de qualidade –com poucas exceções--- e mesmo assim alguns deles têm a doce ilusão de que um dia poderão substituir os jornais. Ou seja, eles não se enxergam. Eu gostei da campanha da Talent (refiro-me ao filmete do macaco; os outros não vi). Acho-a criativa e bem realizada. Agora, o que não dá engolir é o “Estadão-ão”. O “ão” já tem um som pesado e repicado fica pior. Em poesia, deve-se evitar rima “ão”. O mesmo deveria valer para publicidade.

Estadão compara blogueiro com macaco adestrado.
xxx

Comentários

Anônimo disse…
Também não achei nada ofensivo. Contudo já houve um jornal do nordeste que divulgou a celeuma e insinuou algo totalmente contrário ao e-mail da empresa de publicidade.
A grande verdade é que perceberam o "tiro no pé" e agora tentam "vasilinar" as coisas.
Anônimo disse…
como pode uma pessoa ser tao cega como o Paulo e o Arthurius?
se v6 nao se sentirao ofendidos, v6 fazem parte de uma grande massa dos Brasileiros que nao tao nem ai pra nada! que elegerao o Molusco para presidente...

mas uma coisa eu concordo com o Arthurius, que eles derao um ""tiro no pé" e agora tentam "vasilinar" as coisas."

PS: Meu teclado esta estragado... desculpe-me pelos erros ortograficos e acentos.
Anônimo disse…
"anônimo", só pra constar: O sentimento de ofensa já foi causado e o "Molusco" também eleito. Então a falta de acentos no seu teclado não é razão pra conjugar verbos erroneamente, igualzinho a grande massa brasileira. ;)

Post mais lidos nos últimos 7 dias

90 trechos da Bíblia que são exemplos de ódio e atrocidade

Historiador católico critica Dawkins por usar o 'cristianismo cultural' para deter o Islã

Veja 14 proibições das Testemunhas de Jeová a seus seguidores

Jesus não é mencionado por nenhum escritor de sua época, diz historiador

Após décadas desestruturando famílias, TJs agora querem aproximação com desassociados

'Sou a Teresa, fui pastora da Metodista e agora sou ateia'

Pastor Lucinho organiza milícia para atacar festa de umbanda

Ex-freira Elizabeth, 73, conta como virou militante ateísta

'Quando saí [do  convento], era como eu  tivesse renascido' Elizabeth Murad (foto), de Fort Pierce (EUA), lembra bem do dia em que saiu do convento há 41 anos. Sua sensação foi de alívio. Ela tocou as folhas de cada árvore pela qual passou. Ouviu os pássaros enquanto seus olhos azuis percorriam o céu, as flores e grama. Naquele dia, tudo lhe parecia mais belo. “Quando saí, era como se eu estivesse renascido”, contou. "Eu estava usando de novo os meus sentidos, querendo tocar em tudo e sentir o cheiro de tudo. Senti o vento soprando em meu cabelo pela primeira vez depois de um longo tempo." Ela ficou 13 anos em um convento franciscano de Nova Jersey. Hoje, aos 73 anos, Elizabeth é militante ateísta. É filiada a uma fundação que denuncia as violações da separação entre o Estado e Igreja. Ela tem lutado contra a intenção de organizações religiosas de serem beneficiadas com dinheiro público. Também participa do grupo Treasure Coast , de humanistas seculares.

Só metade dos americanos que dizem 'não acredito em Deus' seleciona 'ateu' em pesquisa

Misterioso cantor de trilha de novela é filho de Edir Macedo